Antigo director da Educação e outros dirigentes em julgamento em Malanje

Em causa, um desvio de carteiras

O Tribunal Provincial de Malanje, em Angola, continua a julgar o antigo director do Gabinete Municipal da Educação de Malanje, Cununa José Oficial Jungo, detido por crime de peculato e tráfico de influência em Outubro do ano passado.

Em causa, estão o desvio de carteiras num valor que ascende a 889.939 kwanzas, pouco mais de 2.600 dólares ao câmbio actual.

Como co-autores estão Mário da Piedade Pires Delgado, director-geral do colégio Amílcar Cabral, e os cidadãos Luciano Barroso e Joaquim Luís Baião.

Também estão arrolados no processo, o segundo secretário provincial do MPLA, Milagre José Clemente, Tunga Moisés e Isabel da Silva Gonçalves, que incorrem na prática de crime de tráfico de influências.

“Os réus agiram de modo livre e consciente, sabiam que as suas condutas eram proibidas por lei, mas, ainda assim, não se abstiveram de as praticar”, disse numa das audiências o juiz José Catraio Lourenço.

Anderson Paulo João, advogado o então director do Gabinete Municipal da Educação de Malanje, justificou que o seu constituinte pretendia apenas minimizar um problema que afecta o sector na província.

“O réu, sendo responsável da Direcção Municipal da Educação e visando suprir a necessidade que a escola apresentava contactou os directores da escola Nº 1 -135 e 139, aqui co-réus para saber se dispunham nas suas escolas carteiras em desuso que pudessem servir de ajuda para aquela escola primaria comparticipada Nº 1264”, defendeu.

Refira-se que algumas das carterias desviadas foram recuperadas.

Não há data para o fim deste processo.