Antigo candidato presidencial diz que José Mário Vaz deve ser ouvido pela justiça

Nuno Gomes Nabiam, presidente da Assembleia do Povo–Partido Democrático, Guiné-Bissau

Nuno Gomes Nabiam reitera plano de assalto ao Parlamento guineense em interrogatório na Procuradoria Geral da República.

O Ministério Público da Guiné-Bissau ouviu nesta quinta-feira, 5, o presidente da Assembleia do Povo–Partido Democrático, Nuno Gomes Nabiam, que reafirmou haver um plano para violar o Parlamento.

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Antigo candidato presidencial diz que José Mário Vaz deve ser ouvido pela justiça

Nabiam compareceu no Ministério Público acompanhado de centenas de militantes e simpatizantes do seu partido, em sinal de solidariedade para com o segundo candidato mais votado nas eleições presidenciais de 2014.

Momentos após o interrogatório, Nuno Gomes Nabiam reafirmou as suas declarações em como existe um plano de assalto político ao Parlamento e disse que “o próprio Presidente da República é que devia ser ouvido primeiro porque está a ameaçar a oposição”.

O antigo candidato presidencial apontou o dedo a José Mário Vaz e disse estar atento e “à espera do dia em que vai matar qualquer um, dai é que vai saber que todos nós somos guineenses”.

O Ministério Público também notificou para hoje o presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, que não chegou de ser ouvido.

Em nota enviada à imprensa, a Assembleia Nacional Popular (ANP) lembrou que Simões Pereira é deputado da nação e a sua audição pela justiça sugere a observância de normas que regulam tais procedimentos, convidando ainda o Ministério Público “ao fornecimento de mais elementos sobre o caso”.

Em reacção, o Procurador-geral da Republica, António Sedja Man, afirma que o presidente do PAIGC pode ser ouvido em qualquer instância, mesmo na ANP, por parte dos magistrados.

“Antes de ser deputado é um cidadão, qualquer cidadão deve responder. Há formas, há procedimentos para que um cidadão-deputado responda à justiça, isto é, através do levantamento da imunidade. Aliás, a lei prevê que sejam ouvidos não obrigatoriamente na Procuradoria-geral da Republica”, reiterou António Sedja Man.

Não há ainda qualquer reacção do Presidente da República às declarações de Nuno Gomes Nabiam.