Chuvas caíram esta semana em zonas afectadas pela seca na província angolana da Huíla mas para os camponeses foram poucas e chegaram demasiado tarde.
A revelação é do padre Pio Wakussanga que trabalha na região.
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Seca no sul de Angola - 3:48
Na semana passada um estudo revelado no Lubango indicou que mais de um milhão de pesoas estavam afectadas gravemente pela seca nas províncias da Huíla, Namibe e Cunene.
Padre Pio Wacussanga
“Muitas famílias não conseguiram cultivar os seus campos”, disse Wakussanga, acrescentando que se a chuva “continuar a caír neste ritmo ainda teremos algum sorgo mas nem pensar em ter milho que está perdido”.
“Em geral o ano agrícola nesta região está perdido e isto é igual à fome”, acrescentou.
Em quatro aldeias há já 128 “idosos e vulneráveis” que precisam urgentemente de alimentação, revelou aquele responsável católico.
No Namibe e no Cunene a situação é semelhante com as populações a terem esperança de que estas chuvas tardias “façam crescer algum sorgo e o capim para o gado e isso é tudo”.
A seca nestas regiões de Angola é endémica e o padre lamentou que não exista “um plano de contingência por parte do Governo central”.
“Desde 2013 que se fala deste plano de contingência mas até agora não existe”, concluiu.