Chuvas caíram esta semana em zonas afectadas pela seca na província angolana da Huíla mas para os camponeses foram poucas e chegaram demasiado tarde.
A revelação é do padre Pio Wakussanga que trabalha na região.
Your browser doesn’t support HTML5
Na semana passada um estudo revelado no Lubango indicou que mais de um milhão de pesoas estavam afectadas gravemente pela seca nas províncias da Huíla, Namibe e Cunene.
“Muitas famílias não conseguiram cultivar os seus campos”, disse Wakussanga, acrescentando que se a chuva “continuar a caír neste ritmo ainda teremos algum sorgo mas nem pensar em ter milho que está perdido”.
“Em geral o ano agrícola nesta região está perdido e isto é igual à fome”, acrescentou.
Em quatro aldeias há já 128 “idosos e vulneráveis” que precisam urgentemente de alimentação, revelou aquele responsável católico.
No Namibe e no Cunene a situação é semelhante com as populações a terem esperança de que estas chuvas tardias “façam crescer algum sorgo e o capim para o gado e isso é tudo”.
A seca nestas regiões de Angola é endémica e o padre lamentou que não exista “um plano de contingência por parte do Governo central”.
“Desde 2013 que se fala deste plano de contingência mas até agora não existe”, concluiu.