O principal partido da posição angolana, UNITA, criticou fortemente a governação do MPLA desde as primeiras eleições multipartidárias há 28 anos, mas o partido no poder diz que o presidente João Lourenço está a fazer “uma verdadeira revolução” que se vai traduzir em novas vitórias eleitorais.
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Albertina Navemba Ngolo, da UNITA, deu uma conferência de imprensa para assinalar a data das primeiras eleições gerais afirmando que os direitos fundamentais dos angolanos continuam a ser violados e o Presidente continua a proteger os seus colaboradores alegadamente envolvidos em actos de corrupção.
"Há intocáveis como são os casos do director de gabinete da presidência da república e o antigo vice presidente da República”, disse esta dirigente da UNITA que denunciou “o silêncio impávido” da Procuradoria e do Presidente face a acusações públicas contra aquelas duas figuras.
Ngolodisse que a Assembleia Nacional e os tribunais mantêm-se somo subalternos do poder executivo
A UNITA diz igualmente que a imprensa angolana continua amordaçada e ao serviço do partido que governa Angola.
"A liberdade de imprensa continua disfarçada de plural mas altamente partidarizada, os órgãos de comunicação social continuam a ser usados para maquiar a má governação e a ser veículo de propaganda do presidente do MPLA como nos velhos tempos”, disse.
“Basta ver e rever a novela dos noticiários que marcaram o aniversário da sua investidura", acrescentou.
O porta-voz do partido no poder Albino Carlos fez notar que a liberdade de expressão e de manifestação política “e um forte sentimento de nação e de unidade nacional”são, , os principais ganhos paraAngolanos últimos 28 anos.
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O porta-voz do partido no poder,Albino Carlos, disse à VOA que muitos destes feitos se devem à liderança de João Lourenço que, segundo afirmou, “está a fazer uma verdadeira revolução na promoção da cidadania participativa, na livre iniciativa económica e no combate à corrupção e à impunidade”.
Albino Carlos disse que o seu partido está consciente de que os desafios continuam enormes mas que a meta é voltar ganhar os próximos compromissos eleitorais.
Laíz Eduardo da FNLA considera que 28 anos depois do primeiro pleito eleitoral são poucos os ganhos alcançados para uma verdadeira democracia em Angola.
O dirigente da FNLA aponta a progressiva redução dos partidos políticos nos últimos anos como um sinal indicativo da fragilidade da democracia no país.
O analista e activista dos direitos humanos, Salvador Freira aponta alguns ganhos alcançados mas destaca debilidades na governação do MPLA. Freire diz que os direitos humanos continuam a ser violados.