O cantor moçambicano Aniano Tamele lançou nesta sexta-feira, 27, em Maputo, o seu primeiro disco em mais de trinta anos de carreira.
O disco “Tsunela Papai” (aproxima-te pai) é uma homenagem aos seus pais, que individualmente influenciaram a sua trajectória.
Filho de Zeburane (Eusébio Johane Tamele), incontornável figura da moçambicana, Aniano conta que o pai disse numa entrevista que haveria de morrer feliz, porque os filhos tinham abraçado a música.
“Sempre dizia-nos estudem, mas não deixem a música, porque é feita de alma,” recorda.
“A minha mãe não sabia ler, nem escrever, mas sabia que um estudante dedicado é aquele que deve pegar nos livros depois da escola,” diz.
Mas, sublinha Aniano, de uma forma geral, o disco é uma homenagem às mulheres moçambicanas, que “muitas vezes, apesar das mágoas que sofrem com os maridos ou familiares destes quando ficam viúvas, com parcos recursos, tomam conta dos filhos”.
Discos contrafeitos prejudicam a todos
O disco de Aniano é publicado num mercado musical débil e com altos níveis de pirataria.
Sobre isso, diz Tamele, da mesma maneira que “as pessoas sabem que não podem parar na rua e vender drogas, devem saber que não podem vender disco contrafeitos”.
A pirataria prejudica não só o artista, mas também o Estado e o público.
Nesta entrevista, Aniano explica que o Estado não beneficia do imposto da venda de música, que chega ao público com péssima qualidade.
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