Angolanos acusam funcionários namibianos de maus-tratos

Fronteira Namíbia Angola

Cidadãos angolanos deslocam-se em grande número ao país vizinho para tratamento médico

As autoridades fronteiriças da Namíbia em Oshikango são acusadas de violar o chamado "acordos do passe” concedido aos cidadãos (Namibe e do Cunene) residentes ao longo da fronteira de ambos países, visando facilitar a circulação e trocas comerciais de subsistência e assistência sanitária destas comunidades, assinado pelos dois governos.

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Angolanos vao à Namibia para tratamento médico -2:57

Cidadãos angolanos procuram a Namíbia para tramentos médicos em virtude de o mesmo ser muito deficiente nas províncias angolanas de Namibe e Cunene.

No país vizinho, com apenas 100 dólares namibianos o paciente tem a consulta e medicamentos.

Apesar dessa vantagem, os angolanos queixam-se da antipatia das autoridades namibianas.

Eles lamentam que até pacientes em situação de saúde debilitada e crianças ficam expostos a longas filas.

Na fronteira

Pelo menos uma mulher com prescrição médica de parto difícil que deveria dar luz sob cuidados médicos da Namibia, fruto da insensibilidade chegou a dar luz na fila, tendo sido assistida por outras mulheres que aí se encontravam.

Também há informações de pacientes que viram os seus documentos rasgados “na cara” pelas autoridades namibianas.

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Angolanos residentes na província do Cunene recorrem à Namíbia para os cuidados de saúde e reclamam de maus tratos

Jacob, um dos oficiais superiores dos Serviços Migratórios da Namibia, junto do posto fronteiriço de Oshikango, negou prestar qualquer informação à VOA, alegando não ter autorização.

O governador da província do Cunene, Kundy Paihama. disse à VOA que tudo está a ser ponderado para se inverter o actual quadro.

"Há vontade politica de se melhorar cada vez mais a qualidade dos serviços, mas o problema consiste nos recursos financeiros", diz Paihama que, na óptica do governante, tem muito a ver com a crise que o país vive.