Angola, único país africano de língua portuguesa a subir no Índice de Liberdade de Imprensa

Relatório divulgado hoje

Repórteres Sem Fronteiras diz que situação piorou no mundo

Angola é o único país africano de língua portuguesa que subiu no Índice de Liberdade da Imprensa, divulgado nesta quarta-feira, 25, pela organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF), em comparação com o ano de 2017.

O país subiu quatro posições, mas continua no 121º. lugar, sendo o Estado africano de língua portuguesa com pior classificação.

Cabo Verde é o melhor colocado, na 29ª. posição, mas perdeu dois lugares em relação ao ano passado.

Moçambique ocupa o lugar 99, o que representa uma queda de duas posições, enquanto a Guiné-Bissau ocupa o lugar 83, menos seis posições do que no ano anterior.

São Tomé e Príncipe não é referido no documento.

Portugal é o país de língua portuguesa melhor colocado (14ª.) - subiu quatro lugares - enquanto o Brasil ficou na 102a. posição, menos uma que no ano passado.

Ódio aos jornalistas

No relatório, a RSF alertou "para a expansão de um sentimento de ódio dirigido aos jornalistas".

"A hostilidade contra os meios de comunicação, encorajada por políticos e pela vontade de regimes autoritários de exportar a sua visão do jornalismo, ameaça as democracias", denunciou a organização, para a qual a hostilidade em relação aos jornalistas já não é detida exclusivamente por líderes de países autoritários.

"Cada vez mais chefes de Estado democraticamente eleitos consideram a imprensa não como um fundamento essencial da democracia, mas como um adversário contra o qual demonstram abertamente aversão", escreve a RSF, que, como exemplo, apresentou o caso do Presidente americano Donald Trump ".

Estados Unidos ocupa a 45ª. posição, menos duas que em 2017.