Angola foi colocada na lista de países sob escrutínio pela Financial Action Task Force (Grupo de Ação Financeira, GAFI, em português), a chamada "lista cinzenta", que monitoriza a lavagem de capitais, financiamento ao terrorismo e proliferação de armas.
No seu portal, aquela organização afirma que “as jurisdições sobre aumento de monitoria estão a trabalhar ativamente para resolver deficiências estratégicas nos seus regiemes para combater a lavagem de dinheiro, financiamento de terrorismo e financiamento de proliferação”.
A decisão, segundo nota publicada nesta sexta-feira, 25 de outubro, foi tomada no final de uma reunião plenária do grupo, em que a presidente do Gafi, alertou, no entanto, que "o processo de inclusão na lista (cinzenta) não é uma medida punitiva".
"Pelo contrário, trata-se de orientar os países na via da melhoria. Todos estes países trabalharam ativamente com os respetivos organismos regionais e com o Gafi para desenvolver um plano de ação", explicou Elisa de Anda Madrazo.
Além de Angola, foram integrados na "lista cinzenta" Costa do Marfim, Argélia e Líbano.
No seu portal, o GAFI explica que ao integrar essa lista, os países se comprometem a resolver rapidamente as deficiências estratégicas identificadas dentro dos prazos acordados e está sujeito a uma monitorização reforçada.
O GAFI, com sede em Paris, é um organismo fiscalizador global de lavagem de capitais e do financiamento ao terrorismo e estabelece normas internacionais que visam prevenir estas atividades ilegais e os danos que causam à sociedade.
Participaram na plenária representantes de mais de 200 membros da rede mundial e de organizações observadoras, entre elas o Fundo Monetário Internacional, as Nações Unidas, o Banco Mundial, a Interpol e o Grupo Egmont de Unidades de Informação Financeira.