Analistas em Luanda avaliam as realizações e obstáculos registados durante o ano de 2024 que está a terminar. Para falar sobre o assunto, ouvimos Luis Jimbo, especialista em assuntos eleitorais e democracia, e o analista político, Anselmo Kondumula.
Está terminar o ano de 2024 com registos históricos que ficam na memória dos angolanos, a julgar pela dimensão dos factos e acontecimentos que estiveram no topo da governação de João Lourenço e na vida das famílias e das empresas.
A primeira visita de um Presidente dos Estados Unidos da América é, sem dúvidas, o assunto que dominou a agenda das autoridades, cuja concretização animou debates e deixou a confirmação de uma nova era na parceria estratégica entre os dois estados.
O corredor do Lobito e as promessas do investimento americano reanimaram a classe empresarial, apesar de algumas preocupações relacionadas com os benefícios directos na vida das populações.
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Este ano fica igualmente marcado com o facto de Angola passar a contar, a apartir do próximo com mais três províncias, ou seja o país deixará de ter 18 províncias e passa ter 21 províncias. A proposta do governo angolano foi aprovada com a maioria dos deputados do partido no poder.
Os partidos políticos na oposição concluíram que esta proposta visou retardar, ainda mais, a conclusão do debate das autarquias no pais.
Outro assunto que marcou de forma negativa a agenda de 2024 tem que ver com o censo geral da população e habitação, que se revelou um fracasso já confirmado pelas próprias autoridades por não ter alcançado os objectivos previstos.
Os problemas que abalam o sistema judicial foram apontados, durante o presente ano, como estando a minar a confiança dos investidores, contribuído para a redução dos investimentos no pais.
A morosidade processual, a falta de infraestruturas, os atropelos à Lei, e o combate à corrupção são temas que transitam para o próximo ano com incertezas quanto ao desfecho de vários casos.
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Estudos divulgados durante 2024 revelaram que a economia angolana não gerou empregos suficientes para acompanhar o crescimento da população em idade ativa.
O Governo angolano lançou, este ano, o Fundo Nacional de Emprego, no valor estimado em 500 milhões de dólares, para criar e apoiar as oportunidades de emprego entre a juventude, considerada a principal força activa do pais.
O especialista em assuntos eleitorais e democracia, Luis Jimbo destaca na sua avaliação, a visita do Presidente norte americano, Joe Biden que, do seu ponto de vista vai consolidar e reafirmar a economia angolana.
Luis Jimbo destaca ainda os temas polêmicos ligados ao sistema de justiça em Angola para além dos assuntos políticos e económicos.