As autoridades da Lunda Norte resgataram, nos últimos dois dias, mais de mil refugiados das mãos das milícias "Kamuina Sapo", na fronteira com a República Democrática do Congo (RDC).
Na localidade do Lovua foram resgatados mais de 1.600 congolenses e em Maxiri perto de 300 refugiados.
Idosos, mulheres e crianças visivelmente debilitados por terem percorrido longas distâncias a pé sem quaisquer alimentos é o cenário que ressalta à primeira vista.
Tal marcou o início de uma operação que envolve a Força Aérea de Angola e Nações Unidas, sob coordenação do Governador da Lunda-Norte, Ernesto Muangala, que acompanhou o trabalho nos postos fronteiriços do Nordeste e do Itanda, no Município do Cambulo.
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Milhares de cidadãos da RDC vivem momentos turbulentos na sequência do confronto entre milícias Kamuina Sapo e exército daquele país.
Até agora cerca de oito crianças morreram nos centros de acolhimento por não terem resistido a anemia severa e malária.
No posto fronteiriço de Itanda, o governo da Lunda Norte reforçou a logística das forças de defesa e segurança estacionadas no marco 2, Municipio do Cambulo.
Depois do contacto com as forças de defesa e segurança angolanas, o governador Mwangala disse estar satisfeito com a sua prontidão e disciplina.
Na fronteira do Nordeste (rio Cassai), as Forças Armadas da RDC controlam o Posto, o que não acontece no Itanda, onde as milícias "Kamuena Nsapu" dominam a faixa desde a localidade que dista sete quilómetros da posição angolana.
Dados ainda não confirmados por entidades governamentais revelam que 25 mil refugiados foram reassentados nos vários centros de emergência na província da Lunda Norte.
Representantes das Nações Unidas alertaram, nos últimos dias, que o número de refugiados poderá atingir 30 mil, para os quais é necessário reforço alimentar.