Angola espera colher em 2020 mais de 50 toneladas de mel convencional,cerca de cinco vezes mais do que em 2018, como parte dos esforços para diversificar fontes de receitas para a economia nacional.
Se tudo correr como planeado parte dessa produção poderá ser exportada para os Estados Unidos
O chefe de departamento nacional de apícula do Ministério da Agricultura e Florestas, Frederico Maurício, disse em Quirima, na província angolana de Malanje, que o sector está a modernizar as técnicas de produção e substituição de colmeias artesanais por modernas para aumentar a produtividade.
"Esperamos para 2020 uma exploração que em termo de mel convencional na ordem de 50/60 toneladas", admitiu.
"O mel que é explorado da forma não convencional (artesanal) rondou as 70 a 80 toneladas, mas que o mel que já é processado, centrifugado (...) e embalado, no o ano passado (2018) tivemos uma exploração de ceca de 11 toneladas", afirmou
No município de Quirima, 310 quilómetros a sul da cidade de Malanje, o Ministério da Agricultura e Florestas está a treinar 40 apicultores locais e do município de Luquembo, com novas ferramentas, num âmbito de um projecto iniciado em 2017 que abrangerá oito provinciais do país.
No final da formação receberão colmeias modernas.
"O grande motivo dessa acção formativa é o aumento da produção, competitividade no mercado apícola, assim como a profissionalização dos apicultores nacionais", disse, acrescentando "o programa abarca as províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Malanje, Moxico, Kuando-Kubango, Huambo e Huíla".
Naquela localidade da região de Malanje, que detinha quatro apicultores com uma produção artesanal anual de 600 litros, as autoridades debatem-se com a problemática do processamento, embalagem e comercialização do produto elaborado pelas abelhas.
A intenção do governo angolano é a inclusão do mel ao lado da madeira, nos produtos nacionais da lista de exportação para os Estados Unidos da América, através da Lei de Crescimento e Oportunidade para África (AGOA), instrumento de política comercial do governo norte-americano que a aproxima ao mercado dos países da África Subsariana, estabelecido em Maio de 2000.