Os professores das universidades públicas angolanas voltaram à greve nesta segunda-feira, 27, três meses depois da segunda paralisação, em Novembro do ano passado, e de uma série de encontros com o Ministério do Ensino Superior, Tecnologia e Investigação sem resultados.
Secretário de Estado do Ensino Superior, Eugénio Silva, pede clama porque processo é complexo.
O Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES) continua a exigir o cumprimento do caderno reivindicativo, com especial ênfase no aumento salarial e seguro de saúde.
O Executivo ofereceu um aumento de seis por cento, que foi rejeitado pelo sindicato.
Entretanto, no Lubango, província da Huila, ao falar à margem do lançamento do curso de mestrado em Metodologia de Educação Infantil, o secretário de Estado para o Ensino Superior, alertou que o processo negocial deve ser encarado com seriedade e ponderação e pede tempo aos professores.
"Não se pode falar em falhanço, este é um processo negocial complexo que envolve matérias muito delicadas, muito complexas, cuja resolução não depende apenas do Ministério da Educação Superior, Tecnologia e Inovação, está o Executivo envolvido, há outros ministérios envolvidos, portanto este processo precisa ser encarado com muita seriedade, muita ponderação, mas também considerando os recursos e as condições que o país pode oferecer para que possam ser sstisfeitas as reivindicações, não apenas do Sindicato do Ensino Superior", afirmou Eugénio Silva
A greve anterior foi suspensa a 1 de Novembro de 2022, segundo o SINPES, porque os professores decidiram "dar um voto de confiança" ao Presidente da República.
A paralisação no ano passado durou mais de 60 dias.