Angola: Polícia investiga duas mortes de ativistas da comunidade LGBTQIAP+

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O presidente da Associação Íris Angola e um advogado foram encontrados mortos nas respetivas casas, com indícios de asfixia

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Luanda investiga as mortes do presidente da Associação Íris Angola e de um advogado também pretencente à comunidade LGBTQIAP+ nas últimas duas semanas.

Carlos Fernandes, líder da associação, foi encontrado morto em casa, na segunda-feira, 26, "em circunstâncias a confirmar pelas autoridades", segundo um comunicado da associação.

Fontes políciais admitem haver indícios de homicídio por asfixia.

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Num comunicado, a associação de Lésbicas, Gays, Bissexual, Transgénero, Queer, Intersexo, Pansexual e Assexual no país, legalizada em Junho de 2018, manifesta "profunda tristeza e consternação" pela morte de Carlos Fernandes, o que deixa "um vazio imenso no seio da comunidade e um luto profundo nos corações".

O portal de notícias Club-K escreve que a polícia de investigação terá encontrado bebidas no apartamento dele e que na noite de sábado, Fernandes esteve no espaço Fábio Sabor, no Largo Serpa Pinto, em Luanda.

A 15 de fevereiro, o advogado Admar Gerson Ornelas Bendrau, também pertencente à mesma comunidade, foi igualmente encontrado morto no seu apartamento, alegadamente por asfixia.

Aguardam-se mais detalhes por parte do SIC.