A seis meses da eleições gerais em Angola, o ministro de Estado e chefe da Casa Militar da Presidência da República garante que o Executivo está a preparar eleições livres, justas e transparentes.
Nos círculos políticos em Luanda, militantes do MPLA acreditam que tal será possível, mas a oposição e membros da chamada sociedade civil têm dúvidas.
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A promessa do ministro de Estado, Francisco Pereira Furtado, foi feita durante a celebração do 4 de Fevereiro de 1961, dia do início da luta armada de libertação de Angola, cujo acto central realizou-se na sexta-feira, em Saurimo, capital da Lunda Norte.
O conhecido activista e pastor Elias Isaak considera que “em Angola nunca houve um pleito eleitoral livre justo e transparente".
O antigo coordenador da organização não governamental Open Society em Angola acrescenta que “o próprio ministro de Estado falou o que falou, mas ele é parte da máquina que tem manipulado as eleições e ele não garante nada".
O deputado pela CASA-CE, a terceira força política no Parlamento, Makuta Nkondo também não acredita na lisura destas eleições.
"Para mim, o ministro de Estado falou por falar, os resultados eleitorais em Angola já foram cozinhados pela máquina fraudulenta do MPLA, é so esperar pelo momento e puxar o botão, o MPLA destribui os votos como se fosse bolinhos ou pães", afirma aquele parlamentar.
A VOA tentou falar com algum deputado do MPLA, mas não foi possível.
Entretanto, o general na reserva e membro do partido no poder José Sumbo diz que é natural que surjam aqui e ali suspeições, mas se cada um fizer a sua parte é possível ter eleições credíveis.
"Que cada um cumpra um seu papel, que o processo vai correr bem, as eleições podem sim tornar-se numa festa e que o melhor ganhe", pede.
De acordo com a Constituição da República de Angola, as eleições gerais devem acontecer em Agosto deste ano.