O magistrado do Ministério Público (MP), junto do Serviço de Investigação Criminal do Moxico, aplicou ao activista Benedito Geremias “Dito Dali” e candidato a deputado da UNITA, a medida de coação de Termo de Identidade e Residência, na sequência da sua detenção na segunda-feira,11, por alegadamente recolher imagens dentro de uma instituição pública “sem autorização”.
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Activista com termo de identidade e residência no Luena – 2:18
A medida processual aplicada pelo MP é, entretanto, contestada pela defesa que já está a preparar um pedido de anulação do processo.
O advogado Lourenço Macanua Isaac põe em causa o critério usado pelo procurador para a aplicação da medida de coacção considerando que "esperávamos por um julgamento sumário e não um processo comum”.
Veja Também Dito Dalí, activista e candidato a deputado da UNITA, detido no Moxico“Ele tem este Termo de Identidade e Residência em que processo?”, questionou o causídico que não descartou o recurso ao Conselho Superior da Magistratura Judicial por considerar que “Dito Dalí” goza de imunidades dada a sua condição de pré-candidato à Assembleia Nacional.
Segundo a defesa, Dito Dalí foi detido quando, a partir do interior de uma enfermaria de um hospital local, tentava denunciar o caso de um doente vítima de acidente de viação e que corre o risco de paralisia dos membros inferiores por suposta falta de tratamento especializado.
João Muzaza Caweza, responsável da UNITA no Moxico, disse à VOA que está “a acompanhar de perto” o processo judicial que envolve o pré-candidato do seu partido à Assembleia Nacional.
O activista político fez parte do conhecido “Processo 15 + 2” que, em 2016, resultou no julgamento e condenação de jovens acusados de prepararem um golpe de Estado contra o Governo.