Angola: Ministério do Interior nega envolvimento de seus oficiais no tráfico de droga

Polícia e taxistas em confronto, Namibe (Foto de Arquivo)

Afirmação foi feita a deputados de uma comissão pelo diretor Nacional de Ordem Pública, comissário Orlando Bernardo, depois de a UNITA ter manifestado o desejo de ouvir o PGR e o ministro do Interior por causa de alegados escândalos de tráfico de drogas.

O Ministério angolano do Interior (MININT) negou, na quarta-feira, 8, em Luanda, no final de uma reunião com os deputados da Segunda Comissão da Assembleia Nacional, que alguns dos seus efectivos estivessem envolvidos no tráfico de drogas.

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Ministério do interior angolan nega envolvimento de funcionários no ráfico de drogas - 1:46


O esclarecimento foi feito pelo director Nacional de Ordem Pública, comissário Orlando Bernardo, depois de a UNITA ter manifestado o desejo de ouvir , no Parlamento, o Procurador Geral da República (PGR) e o ministro do Interior, por causa de alegados escândalos de tráfico de drogas.

Aquele oficial comissário disse, aos jornalistas, não haver indícios de que as informações que circulam nas redes sociais e noutros canais sejam verdadeiras.

“Não há envolvimento de efectivos das estruturas do Ministério do Interior no tráfico de drogas”, assegurou Bernardo.

O deputado pela bancada da UNITA, Joaquim Nafoia considera, entretanto, que “não há fumo sem fogo”.

Em conversa com VOA, Nafoia defendeu que o Ministério do Interior deve fazer um esclarecimento “ detalhado” à opinião pública, igual ao que foi feito aos deputados à porta fechada, “para que cada um tire as suas conclusões”.

O comissário Orlando Bernardo precisou que, em 2022, houve um aumento exponencial no combate ao tráfico de drogas, facto que em sua opinião, terá “provavelmente, provocado alguns anti-corpos que se traduziram em denúncias falsas”.

O deputado Pedro Neto, do MPLA, foi citado como tendo dito que os membros da Comissão de Segurança, Defesa, Ordem Interna, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria tiverem a oportunidade de expor às preocupações vindas da sociedade e que mereceram as respostas adequadas da parte do Ministério do Interior.

O deputado disse ter chegado à conclusão de que “nem tudo aquilo que se diz nas redes sociais tem verdade suficiente ”.