O escritor e jornalista angolano José Luís Mendonça disse estar muito preocupado com a falta de interesse dos jovens na busca do gosto pelos livros.
Falando à Voz da América o escritor lamentou também a falta de apoio do governo a programas que possam incentivar a leitura e resgatem verdadeiramente a relação apaixonada que existia no passado entre o angolano e o livro.
Your browser doesn’t support HTML5
José Luís Mendonça falava por ocasião das comemorações do Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor que foi também celebrado em Angola.
Fruto da sua experiencia como professor de língua portuguesa, em 1998, elaborou e implementou sob tutela do Ministério da Educação e com apoio do INALD o projecto intitulado “Ler é Crescer”, na vertente das bibliotecas manuais de turma, com o objectivo de incentivar o gosto pela leitura, aumentar o nível cultural do cidadão e aprimorar a capacidade de redacção e leitura da língua portuguesa, principalmente entre as camadas mais jovens (dos 10 aos 14 anos), nos centros escolares do país.
“Do projecto já nem se fala”, disse.
“Ficou apenas no passado”, lamentou
José Luís Mendonça, publicou há um mês em Lisboa o Livro “ Luanda Fica Longe e Outras Estórias Austrais”, um livro de 18 contos que narra histórias do período colonial bem como actuais.
O escritor nasceu em Angola, no dia 24 de Novembro de 1955,na Comuna da Mussuemba, Município do Golungo Alto, Província do Kwanza Norte.
Licenciado em Direito pela Universidade Católica de Angola, é jornalista de profissão, actualmente vinculado às edições Novembro, E.P., onde exerce o cargo de director e editor-chefe do Jornal CULTURA, quinzenário angolano de Artes & Letras.
O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor é um evento comemorado todos os anos no dia 23 de Abril, e organizado pela UNESCO para promover o prazer da leitura, a publicação de livros e a protecção dos direitos autorais.