Os militares expulsos ameaçam realizar uma manifestação por considerarem injusta a sua demissão.
MENONGUE —
Vinte e sete elementos da Casa Militar na província do Kuando Kubango, foram expulsos da corporação alegadamente por motivações políticas, mas os implicados ameaçam realizar uma manifestação por considerarem injusta a sua demissão.
Os implicados são ex-militares do Galo Negro que ingressaram naquela unidade no âmbito dos acordos de paz de Luena, enquanto, outros são jovens que haviam solicitado emprego e agora são conotados com o maior partido na oposição.
Alguns despedidos disseram à Voz da América que a expulsão ocorreu no dia 13 do corrente quando o comandante da unidade, Manuel Correia, concentrou os militares em parada, tendo apresentado uma lista de efectivos da unidade que segundo ele não cumprem com o regulamento militar.
Um coronel proveniente da UNITA, que também foi expulso, referiu que durante a campanha eleitoral, o comandante já tinha advertido que os militares que estivessem filiados na oposição iriam ser despedidos após as eleições.
Segundo a mesma fonte, poucos dias depois da formação do novo governo as ameaças foram consumadas e o comandante simplesmente alegou que estava cumprir ordens superiores.
O coronel disse que o Destacamento Central de Protecção e Segurança da Casa Militar da Presidência da República, criado em 2004 para garantir a protecção dos projectos de reabilitação de infrastuturas em todo o país, sob tutela do então Gabinete de Reconstrução Nacional (GRN) afecto à Casa Militar e dirigido pelo General Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, passou a proteger as infrastuturas em reabilitação, as empresas e a mão-de-obra chinesas.
O coronel, de 57 anos de idade, passou toda sua vida na guerra, diz hoje está a ser marginalizado e não tem meios para sustentar a sua familia.
A VOA não conseguiu apurar se o despedimento daquele afectivo estaria relacionado com ameaças de morte que o antigo secretário da UNITA no Kuando-Kubango, Daniel Cassela “Liberdade”, que há um mês abandonou o partido para aderir ao MPLA, recebeu na sua residência, na zona urbana da cidade de Menongue.
A carta anónima teria supostamente saído de militares de Casa Militar, após o mesmo ter realizado um comício naquela unidade, afirmando que era necessário acabar com o maior partido na oposição.
Nos termos da Constituição angolana é proibido aos militares no activo o exercício de quaisquer actividades político-partidárias. A constituição estabelece o carácter apartidário das Forças Armadas Angolanas (FAA) e, por consequência, dos militares no activo.
Em Agosto de 2012, durante abertura da campanha eleitoral do MPLA, a imprensa angolana fotografou no acto, o general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, na altura , ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República. Foi apresentado um Kopelipa trajado com t-shirt do partido no poder.
A VOA tentou sem sucessos ouvir a Casa Militar no Kuando Kubango.
Os implicados são ex-militares do Galo Negro que ingressaram naquela unidade no âmbito dos acordos de paz de Luena, enquanto, outros são jovens que haviam solicitado emprego e agora são conotados com o maior partido na oposição.
Alguns despedidos disseram à Voz da América que a expulsão ocorreu no dia 13 do corrente quando o comandante da unidade, Manuel Correia, concentrou os militares em parada, tendo apresentado uma lista de efectivos da unidade que segundo ele não cumprem com o regulamento militar.
Um coronel proveniente da UNITA, que também foi expulso, referiu que durante a campanha eleitoral, o comandante já tinha advertido que os militares que estivessem filiados na oposição iriam ser despedidos após as eleições.
Segundo a mesma fonte, poucos dias depois da formação do novo governo as ameaças foram consumadas e o comandante simplesmente alegou que estava cumprir ordens superiores.
O coronel disse que o Destacamento Central de Protecção e Segurança da Casa Militar da Presidência da República, criado em 2004 para garantir a protecção dos projectos de reabilitação de infrastuturas em todo o país, sob tutela do então Gabinete de Reconstrução Nacional (GRN) afecto à Casa Militar e dirigido pelo General Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, passou a proteger as infrastuturas em reabilitação, as empresas e a mão-de-obra chinesas.
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O coronel, de 57 anos de idade, passou toda sua vida na guerra, diz hoje está a ser marginalizado e não tem meios para sustentar a sua familia.
A VOA não conseguiu apurar se o despedimento daquele afectivo estaria relacionado com ameaças de morte que o antigo secretário da UNITA no Kuando-Kubango, Daniel Cassela “Liberdade”, que há um mês abandonou o partido para aderir ao MPLA, recebeu na sua residência, na zona urbana da cidade de Menongue.
A carta anónima teria supostamente saído de militares de Casa Militar, após o mesmo ter realizado um comício naquela unidade, afirmando que era necessário acabar com o maior partido na oposição.
Nos termos da Constituição angolana é proibido aos militares no activo o exercício de quaisquer actividades político-partidárias. A constituição estabelece o carácter apartidário das Forças Armadas Angolanas (FAA) e, por consequência, dos militares no activo.
Em Agosto de 2012, durante abertura da campanha eleitoral do MPLA, a imprensa angolana fotografou no acto, o general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, na altura , ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República. Foi apresentado um Kopelipa trajado com t-shirt do partido no poder.
A VOA tentou sem sucessos ouvir a Casa Militar no Kuando Kubango.