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O conceito de uma taxa de recolha de lixo é justo, disse o ambientalista Vladimir Russo presidente da Fundação Kissama e um dos dirigentes da Juventude Ecológica de Angola.
Russo falava no programa Angola Fala Só em que o principal tema em discussão foi o problema de acumulação e recolha de lixo.
O ambientalista disse que a recolha de lixo é “um serviço prestado pelo estado como a água e a energia”.
“Não estamos a falar do valor da taxa mas sim o conceito do pagamento da taxa que vai permitir que haja um melhor tratamento e recolha dos resíduos produzidos pela população”, disse.
“Por outro lado isso vai também permitir que o cidadão possa reclamar sobre o serviço que vai ser prestado”, acrescentou.
Vladimir Russo lamentou o facto de não haver “uma educação contínua” sobre a necessidade da população não contribuir para o agravamento do problema.
“É importante ver que somos um país a crescer em termos de população e que esse processo de educação deverá ser algo de contínuo a acontecer sempre”, acrescentou par ano entanto frisar que não se pode culpar os cidadãos pela sua falta de cuidado em lidar com o lixo
O ambientalista disse que “não havendo processos contínuos e havendo como nos últimos dois anos uma degradação da situação” a imagem com que se pode ficar é que isso é culpa do cidadãos mas isso, disse, é “parte do problema”.
Vladimir Russo fez notar que em Luanda o orçamento da recolho de lixo foi reduzido de 30 milhões de dólares para 10 milhões, uma redução “drástica”
O ambientalista lamentou o facto dos resíduos “serem tratados como lixo e não como matéria prima”, não havendo quaisquer opções de reciclagem que podem criar empregos e reduzir o lixo nas cidades.
O agravamento da situação da recolha de lixo agrava também o escoamento das águas das chuvas pois o lixo entope tarjetas e esgotos, disse.
Já abordando o trabalho da fundação Kissama na proteção da Palanca Negra Gigante que, segundo disse “está e sempre estará em risco de extinção” havendo agora aproxidamente 100 animais dessa espécie em duas reservas angolanas quando “nos tempos áureos” chegou a aa atingir 2.000.
“Se isso era já uma população ameaçada agora é uma população criticamente ameaçada”, disse