Angola: Jovem activista levado algemado a casa

Nito Alves

Polícia fotografa jornal de parede e casa do preso
Um jovem detido há mais de duas semanas inicialmente por alegada difamação do presidente foi hoje levado a sua casa algemado e mais tarde colocado de novo nas celas da direcção provincial da investigação criminal.


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Jovem manifestante levado a casa em algemas - 2:27



Manuel Chivonde Baptista Nito Alves, de 17 anos, foi detido a 12 de Setembro passado.

Segundo Fernando Baptista pai de Nito Alvesos elementos da DPIC presentes no local apenas tiraram fotografias ao jornal mural do jovem e na sua residência.

Jornal Mural de Nito Alves

O mural era o o loca londe o jovem colocava artigos sobre Angola

Numa nota de protesto do seu advogado afirma que na terça-feira, 18 de Setembro, os advogados em contacto com o Procurador junto a Direcção Provincial Criminal, Carlos Santos, ficaram a saber que o mesmo ainda não tinha sido apresentado ao magistrado do Ministério Público, conforme impõe a lei e que este (o Procurador), não foi capaz de dizer que crime teria cometido Nito Alves.

Os advogados disseram ainda que este comportamento viola o estabelecido no artigo 63º da Constituição que impõe o dever de informar aos presos, no momento da sua detenção, as razões e o crime cometido.

Pai de Nito Alves diz não entender porque que a polícia procedesse desta forma com o seu filho.

“Não sei o que é que querem do miúdo,” disse

Nito Alves inicialmente, respondia sob o processo 7565/13-VN. Porém, no dia 16 de Setembro (segunda- feira), na Secretaria- geral da DPIC, foi registado um outro processo n.º 9848/13-OP que até ao presente momento não foi tipificado o crime para o qual é acusado, diz a nota dos seus advogados.

Noticias afirmam que Nito Alves está detido em regime de detenção solitária e sem direito a banho.

A associação Mãos Livres disse que prisão do jovem é uma prisão arbitrária que viola a Constituição e as leis ordinárias.

Nesta conformidade, a Associação Mãos Livres solicitou à Procuradoria geral da República a repor a legalidade mediante a libertação do preso