Especialista em petróleo e gás, Patrício Quingongo, considera incoerente a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo Bruto (OPEP+) de impor cortes nas quotas de produção de petróleo para Angola.
A decisão foi recentemente anunciada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo Bruto, que deliberou para Angola uma redução das quotas de produção de petróleo bruto para o ano de 2024, tem causado várias reacções que apontam para cenários divergentes.
Segundo um comunicado do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET), a Angola foi atribuída uma quota de produção de 1.110 mil barris de petróleo bruto por dia, definida com base em projecções de fontes secundárias, contrariando a sua proposta de 1.180 mil barris, o que levou à contestação da decisão por “não ter sido tomada por unanimidade e ser contra a posição angolana”.
Nigéria e Angola, os dois maiores produtores de petróleo na África subsaariana, produzem cerca de 1,5 e 1 milhão de barris diários, e querem 'autorização' do cartel para produzir mais, tendo em conta as perspetivas de um aumento da produção a partir do próximo ano nos dois países.
De acordo com as conclusões da 3º edição do Fórum Banca Oil & Gas, os empresários angolanos do sector petrolífero têm vivido vários desafios que inibem uma presença mais forte da classe na indústria. Essas dificuldades resumem-se na falta de financiamento, acesso à moeda estrangeira, melhoria dos termos de pagamento, maior transparência na contratação e alguns incentivos fiscais.
Neste programa, ouvimos também os Heitor Carvalho e Carlos Rosado de Carvalho.
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