Estudantes universitários angolanos prometem protestar nas ruas contra a greve
dos professores do ensino superior, que estão sob ameaça de morte.
As aulas no ensino superior público estão suspensas há mais de um mês por conta da greve por tempo indeterminado, decretada pelo Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES), que aguarda por uma resposta do Governo, quanto à exigência de salário condigno e o seguro de saúde, dois pontos que dividem as partes.
Do lado do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, o secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da
Silva, nos seus pronunciamentos públicos tem alegado, que aquelas duas exigências, transcendem aquele departamento
Ministerial e aguardam que esta preocupação seja resolvida pelo Presidente da República.
Enquanto tarda a chegar a solução para o levantamento da greve, milhares de estudantes continuam em casa com receio de verem o ano lectivo comprometido.
O SINPES denuncia que, nas últimas semanas, os líderes da organização sindical e seus familiares têm sido vítimas de ameaças de morte, cujo rostos dos autores das ameaças são desconhecidos.
A polícia nacional foi chamada a intervir, mas até agora não prestou qualquer esclarecimento e o quadro vai se agravando
a cada dia que passa, deixando apavorados os professores em greve.
O secretário geral do SINPES está preocupado com o silêncio das autoridades e considera que haver falta de vontade política para resolver o impasse nas negociações.
Eduardo Peres Alberto Perez reafirma a determinação dos professores em
manter a greve por tempo indeterminado, mesmo com as ameaças de morte
para o levantamento desta paralisação das aulas.
Nesta reportagem, o secretário-geral do SINPES, Eduardo Peres Alberto, o presidente do Movimento dos Estudantes de Angola, Francisco Teixeira, e o analista político, Albino Pakisi analisam a situação e eventuais saídas.