Angola conta da lista de cerca de 13 países mais vulneráveis ao terrorismo. A conclusão está no Índice de Terrorismo Global de 2014 publicado ontem, 18, pelo Instituto para Economia e Paz(IEP), com sede na Austrália. As razões que levaram à inclusão de Angola neste grupo prendem-se com a situação de um país que “vive em paz mas que têm altos níveis de perseguição política e baixos níveis de coesão intergrupal”, segundo o estudo.
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Como Angola pode responder a um possível ataque terrorista? Foi a questão que a VOA colocou ao jornalista William Tonet e ao sociólogo Aniceto Cunha.
Segundo William Tonet, a exclusão social e o alto nível de perseguição política poderão mesmo fomentar bolsas de revoltas a nível das forças de segurança e não será possível dar qualquer resposta a uma tentativa de ataque terrorista.
“É muita gente que está insatisfeita e a ver desfilar meia dúzia de garotos com milhões e milhões de dólares nas suas contas sem que haja justificação da proveniência deste dinheiro nas suas conta, ainda assim acho que é uma boa alerta para os actuais dirigentes” considerou.
“Existem condimentos necessários, não pode o país ficar refém de uma meia dúzia de pessoas, um dia no MPLA, no Governo ou mesmo no nas FAA e na polícia poderá existir bolsas de revoltas que não será possível defender a qualquer acto de terrorismo” acrescentou aquele jurista e jornalista.
Já o sociólogo Aniceto Cunha, reconheceu haver um índice elevado de exclusão social, mas colocou em causa os métodos utilizados para inserirem Angola neste grupo.
Cunha afirmou ainda que o contingente militar não é visível aos olhos dos cidadãos e não se pode saber se Angola conseguiria ou não responder a um possível ataque terrorista.
“Nós desconhecemos os critérios para inclusão na lista de qualquer país na lista dos países vulneral ao terrorismo, porque até os Estados Unidos foi alvo de atentado de 11 de Setembro”, disse Cunha, adiantando não poder responder se Angola está ou não preparado.
Ele concluiu, no entanto, que em vários países têm havido revoltas constantes que tiram e colocam presidentes, mas em Angola a situação tem-se mantido calma.