A organização humanitária CARE considerou que Angola foi o país com uma crise humanitária menos reportado em 2023.
Num relatório titulado “quebrar o silêncio”, a CARE disse que em Angola há cerca de 7,3 milhões de pessoas que precisam de ajuda humanitária e que apenas 28% da população rural tem acesso a água potável.
Devido aos efeitos da seca em várias partes do país “mais de dois milhões de crianças precisam de ajuda humanitária”.
A segurança alimentar e a má nutrição afetam a saúde da população e isso é “exacerbado pela pobreza, saneamento e higiene inadequados e desigualdade do género nas zonas rurais onde apenas 28% das pessoas tem acesso a água potável”, dis o relatório.
Segundo a CARE as pessoas são na generalidade “mal pagas” e “muitas pessoas, especialmente jovens, estão desempregados, especialmente nas cidades”.
“Apesar do país ser rico em recursos naturais, incluindo petróleo, diamantes e minerais, o desenvolvimento económico continua atrasado”, acrescenta
Para a CARE “nos próximos anos Angola vai fazer face ao desafio de se adaptar às mudanças climáticas e proteger o seu povo , especialmente as mulheres e raparigas dos seus efeitos”.
“Isto será uma questão de sobrevivência, especialmente para as populações das zonas rurais que dependem daas colheitas dos seus campos”, acrescenta o documento que faz notar que as perspectivas de desenvolvimento rural são fracas.
“Até ser resolvido o seu acesso de acesso à informação , treino e ferramentas agrícolas o progresso vai permanecer fraco”, acrescenta
O documento faz notar que os efeitos da guerra civil se continuam a sentir no país fazendo notar por exemplo que “cerca de um milhão de minas abandonadas depois da guerra continuam a constituír umna ameaça”.