O #2022vaisgostar e as eleições autárquicas foram os temas “quentes” do “Angola Fala Só” em que Hitler Samussuko do Movimento Revolucionário e Aniceto Cunha da JMPLA trocaram opinões divergentes sobre esses e outros assuntos.
Aniceto Cunha manifestou durante o programa a opinião que apesar de recentes declarações em contrário está optimista quanto à realização das autarquias este ano.
“Acreditamos que isso pode ainda acontecer mas o posicionamento sobre essa questão deverá ser feito pela direcção central”, disse Aniceto Cunha enquanto Hitler Samussuko disse que o MPLA não quer as eleições municipais por ser um partido que acredita no domínio total do poder e as autarquias iurão lhe retirar parte desse poder.
“O MPLA percebe que não tem quadros suficientes a nível dos municípios para competir”, disse Samussuko que estendeu a critica aos partido da oposiçao.
“Quer o MPLA quer a UNITA não conseguiram criar referências comunitárias e o MPLA tem ma imagem deteriorada”, acrescentou.
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Os dois convidados do “Angola Fala Só” manifestaram um desacordo profundo quanto à participação de membros da sociedade civil nas autarquias, com Hitler Samussuku a afirmar que organizações da sociedade civil têm já seis candidatos prontos a concorrerem.
“O MPLA pensou que o debate (sobre as autarquias) seria monopolizado pelos juristas e pelos partidos políticos”, disse afirmando que os candidatos têm “um programa, conhecem a lei”.
Mas Aniceto Cunha alertou para o facto de não estar ainda aprovado um pacote legislativo e que nos actuais moldes da constituição individuos que não pertençam a uma organização legalizada não poderão participar. Sem estrutura legalizada não podem participar, disse.
Mas Hitler Samussuku disse que “a constituição diz que quem pode concorrer são os partidos políticos, as coligações e os grupos de cidadãos organizados” pelo que logo que a lei seja publicada haverá um esforços para se registar a organização que apoia esses candidatos.
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No que diz respeito ao #2022vais gostar Samussuku disse que isso se tornou viral nas redes sociais com “impacto positivo” que levou o MPLA a refazer a sua agenda para responder a isso.
Aniceto Cunha negou que a política para as redes sociais tenha sido o resultado dessa hashtag, afirmando que o gabinete para a cidadania e sociedade civil já tinha desenvolvido acções “há algum tempo”.
“Era um plano de massificação e de divulgação dos actos presididos pelo MPLA tendo em conta a realidade que se vive”, disse.
Aniceto Cunha disse que a importância das redes sociais aumentou com o isolamento trazido pela pandemia do coronavírus tornando-se “no maior meio de divulgação e consumo de informações”.
“ O MPLA com a responsabilidade que tem não podia ignorar essa ferramenta”, acrescentou afirmando ainda que “um partido que se quer manter no poder tem que estar atento aos sinais’”.
Os dois convidados abordaram ainda questões como a partidarização do estado, a governação de Angola sobre a liderança de João Lourenço e o PIIM.