Angola Fala Só - Rafael Aguiar: "Um Governo da CASA será baseado na meritocracia"

Rafael Aguiar, secretário-geral da Juventude da CASA-CE

O facto da CASA CE ser uma coligação de vários partidos é por si só um entrave ao nepotismo, Rafael Aguiar.

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Angola Fala Só - Rafael Aguiar: "Um Governo da CASA será baseado na meritocracia"

A CASA CE seguirá um estrito programa de “meritocracia” na administração do estado angolano, disse Rafael Aguiar, secretário-geral da Juventude Patriótica de Angola, a ala juvenil da coligação.

“No âmbito de exercício da função pública, não há partido”, disse Aguiar que falava no programa “Angola Fala Só”, no qual explicitou em algum detalhe a política da CASA CE caso conquiste o poder nas próximas eleições angolanas.

Devido a essa política de estrita meritocracia, os funcionários públicos e administradores nada têm a temer de um governo do seu partido, embora os corruptos corram o risco de “ir para a cadeia”.

O dirigente da ala juvenil da CASA CE disse que o facto da sua organização ser uma coligação de vários partidos é por si só um entrave ao nepotismo.

Devido a isso, a CASA CE no poder não terá dificuldades em ter quadros, porque para a sua organização não há partidos para lugares na função pública, mas sim capacidades.

Para a CASA CE, disse Aguiar “a pessoa humana” é o “factor fundamental” e a principal “riqueza de Angola”.

Os investimentos de Angola devem ser feitos no sentido de valorizar a pessoa humana e por isso a CASA CE no poder dará prioridade á educação.

A CASA defende o ensino gratuito até à 12ª primeira classe e a partir dai dar prioridade ao “ensino técnico profissional”, fornecendo bolsas de estudo aos estudantes de fracos meios económicos para poderem seguir cursos no ensino superior.

Rafael Aguiar defendeu uma política de “discriminação positiva” para as zonas do interior de Angola, que não têm beneficiado de investimentos.

Para isso a CASA CE propõe a criação de “várias zonas salariais” e “várias zonas económicas”.

Dentro dessa política, além de salários haverá subsídios extra para aqueles que escolham trabalhar nessas províncias de modo a incentivar a ida de quatros para as províncias menos beneficiadas.

Haverá também prioridade a investimentos em infraestruturas nessas províncias, disse.

Rafael Aguiar disse que a prioridade da CASA CE será acabar com a fome, que se se faz sentir em muitas zonas de Angola num período de 10 anos.

Interrogado sobre a situação em Cabinda, o dirigente da ala juvenil da CASA CE disse que “não é o factor petróleo que determina a política do partido para Cabinda”.

A população do território tem especifidades próprias por razões históricas e geográficas que não se podem ignorar

“Se continuarmos a adiar lidar com esta situação estaremos a contribuir para que amanhã Cabinda não seja Angola”, afirmou Aguiar, que defendeu uma solução de autonomia administrativa e económica para o território como parte de Angola.

Essas diferenças devem ser também reconhecidas através de Angola, disse Aguiar

“Somos vários povos e uma nação”, disse Aguiar para quem a junção de todos os factores positivos desses povos elimina gradualmente os seus aspectos negativos para criar a nação angolana.

O dirigente da Juventude Patriótica de Angola foi também interrogado sobre o problema dos antigos combatentes dos diversos exércitos de libertação. Ele disse que a CASA CE é o partido que melhor está posicionado para resolver esse problemas sem partidarism, porque não teve nenhum exercito.

Há veteranos de todos esses exércitos dentro da CASA, pelo que devido a esses dois factores a organização pode olhar para o problema sem emoção e sem favoritismo.

Aguiar alertou contudo para a necessidade de se evitar que pessoas que nunca estiveram envolvidas na luta de libertação ou pela democracia reivindiquem ter participado.

Quanto às recentes sondagens, Aguiar afirmouo que elas podem pecar pelo medo que existe entre os angolanos em darem respostas que possam colocar em perigo os seus empregos, não confiando na confidencialidade das suas respostas.