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A situação das mulheres nos meios de informação angolanos “não é má” e já ocupa posições a todos os níveis, disse no programa “Angola Fala Só” a jornalista Esmeralda Chiyaka.
Para a também activista dos direitos da mulher, o número de mulheres nos media angolanos é “um bocadinho” animador, havendo contudo ainda um défice na presença das mulheres.
O programa foi quase que, inteiramente, dedicado à situação da mulher em que a convidada fez notar que as mulheres têm maior dificuldade em alcançar certas posições, não só por valores sociais que ainda persistem, mas também porque o acesso à educação continua a discriminar contra as raparigas.
“Grande parte do acesso depende da formação”, disse Esmeralda Chiyaka que, a este respeito, citou um recente estudo levado a cabo em três províncias de Angola que mostrou que nas salas de aula as raparigas continuam a ser em menor número que os rapazes.
Interrogada sobre a situação da mulher nos órgãos de poder, a jornalista fez notar que no Conselho da República, de 20 membros, tem apenas uma mulher, há apenas uma governadora provincial, e entre os 220 membros do Parlamento 60 são mulheres, enquanto dos 30 ministros apenas 11 são mulheres.
Esmeralda Chiyaka acautelou, contudo, contra a tendência de se instituírem quotas para a representação das mulheres.
“As mulheres devem ser consideradas de acordo com as suas capacidades”, disse.
Interrogada sobre se existe agora uma maior abertura na televisão estatal , a jornalista disse que “as mudanças são notáveis”.
No que diz respeito à liberdade de imprensa em geral “avanços foram feitos”, mas fez notar que “há ainda uma certa alergia aos órgãos de informação”.
Esta realidade é particularmente notado quando se torna difícil obter de fontes governamentais um comentário a alegações ou factos numa reportagem.
“Os meios de informação são ainda vistos como algo de incómodos, mas disse ser possível ver a abertura”, concluiu a jornalista que respondeu a perguntas de ouvintes e de internautas