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A julgar pelos ouvintes da VOA as eleições em Angola estão a ser marcadas por tentativas de intimidar os eleitores e também dificultar o seu acesso às assembleias de voto.
Os ouvintes expressaram as suas opiniões no programa “Angola Fala Só” nesta sexta-feira, 11, realizado no sistema de “microfone aberto”, em que não houve um convidado para responder às perguntas dos ouvintes, mas foram eles a emitirem as suas opiniões, neste caso sobre o processo eleitoral.
Houve grandes dificuldades em manter as ligações telefónicas com muitos ouvintes sem poder participar, mas através das redes sociais muitos angolanos deram a sua opinião.
Eduardo Oseas, falando do Andulo, na província do Bié, identificou-se como sendo militante da CASA-CE, e disse que a campanha eleitoral nessa província tem sido “uma disputa renhida”, mas queixou-se de actos de intolerância como remoção de bandeiras do partido e indiferença da polícia perante as queixas apresentadas sobre esses actos.
Oseas queixou-se também do que disse ser actos que visam colocar eleitorais a votar “em locais longínquos”.
Esta foi aliás uma queixa comum dos ouvintes contactados telefonicamente.
Muitos eleitores descobriram que vão ter que votar em locais muito distantes das suas residência,s algo que um dos ouvintes descreveu como “fraude”.
Yende Lele Kachioto falou da mesma questão e fez notar que muitos dos eleitores angolanos só descobriram essa situação agora por não terem acesso à informação por falta de meios ou por serem analfabetos.
Houve também ouvintes angolanos que participaram no programa a partir do exterior do país, como Isidoro Poba, estudante em Moscov,o que descreveu a programação da televisão oficial angolana a TPA como “uma tristeza”.
“Oxalá que mudem”, afirmou.
Poba disse não ter dúvidas que “o MPLA vai ganhar” e culpou a oposição.
“Não há uma oposição preparada para fazer face ao controle do MPLA”, afirmou.
Entretanto, o ouvinte Afonso Lubembo discordou, afirmando que se o povo quer mudança isso deverá acontecer com ou sem competência da oposição
“As eleições dependem do povo e não dos partidos políticos”, concluiu.