O Angola Fala Só desta Sexta-feira, 22, recebe Raúl Danda, o presidente do grupo parlamentar da UNITA. Natural de Cabinda, foi também jornalista na VORGAN e na RNA. Defende que Cabinda não é Angola, porque antes Cabinda era uma entidade à parte, era chamado o Congo Português até 1956. Esteve preso durante 29 dias em Luanda, nunca foi julgado e desconhece que crimes cometeu para esta detenção.
Nome: Raúl Manuel Danda
Data de Nascimento: 13 de Novembro 1957
Local de Nascimento: Cabinda
Estado civil: Solteiro
Filhos: 7
Profissão: Deputado (eleito em 2008 e reeleito em 2012) - presidente do grupo parlamentar da UNITA; foi jornalista de 1985 a 2006, primeiro na VORGAN (Voz da Resistência do Galo Negro) e depois na Rádio Nacional de Angola
Formação: Licenciado em Gestão de Empresas - Ciências Económicas pela Universidade Lusíada de Angola
Destino em Angola: Cabinda - não só pela família mas como pelo povo que o encanta
Lema de vida: Perante Deus de joelhos sempre, perante os homens de pé sempre e de cabeça erguida
Curiosidades: Tem Deus como a coisa mais importante na vida; tem a mania de não fazer as coisas por fazer, mas o melhor possível, considera-se perfeccionista; não acredita em bruxas "mas que existem, existem".
Hobbies: Ginástica, cinema, leitura, assistir aos jogos do Sporting, torcer o nariz quando o Real Madrid perde
A ler: "A face Oculta de Fidel Castro" - revelações de um dos guarda-costas do ex-Presidente cubano
Música: Ouve qualquer música boa, com alguma preferência para a música angolana, congolesa e reggae (Bob Marley)
Prémios: Trabalhou sete anos na Embaixada dos Estados Unidos em Luanda e foi distinguido com o prémio FNS (Foreign National Service) - atribuído pelo governo americano ao funcionário mais destacado.
Detenções: Em 2006 ficou 29 dias na cadeia, tendo sido acusado de crimes contra a Segurança do Estado. Até hoje não lhe foi dito de que crimes se tratava. "Tiraram-me da cadeia numa noite e disseram-me que sempre que quisesse deslocar-me para fora de Luanda teria que escrever uma carta ao Procurador de Cabinda a pedir autorização" - este processo, explica, durou cerca de três meses até um funcionário da Procuradoria dizer-lhe que as cartas não faziam qualquer efeito.
Cabinda... não é Angola, porque antes Cabinda era uma entidade à parte, era chamado o Congo Português até 1956. Mas no Acordo de Alvor ficou escrito que Cabinda era parte integrante e inseparável de Angola, que segundo Ngola Kabango havia sido uma sugestão da FNLA. O que se devia fazer era dialogar com o povo de Cabinda para se encontrar uma solução.
Onde estava 11 de Novembro de 1975?
Em Cabinda. O ambiente era de muita turbulência porque tinha acontecido uma investida da FLEC que não queria que a independência fosse declarada em Cabinda. Havia muita tropa cubana. Havia um sentimento misto, por um lado porque termina a colonização, que embora não soubéssemos muito bem o que isso significava por sermos muito jovens, sentíamos satisfação e, por outro, porque era o início de uma guerra que apontava para que a situação não fosse pacífica e para a tentativa frenética do MPLA de querer rechassar a FNLA; UNITA e FLEC para ficar dono e senhor do país sozinho.
Facebook: Raúl Danda