Makuta Nkondo é jornalista, deputado reformado pela bancada da UNITA e bastante conhecido pela sua forma aguerrida de enfrentar as situações. Esta Sexta-feira, 9 de Janeiro, vai enfrentar as perguntas dos ouvintes do Angola Fala Só. A sua carreira como jornalista teve início na Angop. Foi representante da Agência France Press e também trabalhou para o Folha 8, nos últimos anos trabalhava no Angolense que "foi extinto de maneira misteriosa", segundo o nosso convidado.
Envolveu-se na política desde muito cedo, tendo sido pioneiro da UPA.
Promete morrer pela verdade, por defender os direitos dos angolanos. Revela ter sido despedido da Angop e do Ministério das Pescas por defender os trabalhadores.
Nome: Augusto Pedro Makuta Nkondo
Data de Nascimento: 5 de Abril 1948
Local de Nascimento: Aldeia Yenga, comuna de Kinsimba, município Tomboko, província do Zaire
Estado civil: Casado
Filhos: 6
Profissão: Jornalista
Formação: Formado em Biologia; Mestrando em Sociologia na Universidade Metropolitana de Assunción (Paraguai)
Destino em Angola: Kinsimba e Luanda
Lema de vida: Defender Angola e o povo - primar pela verdade: "Vou morrer pela verdade"
Curiosidades: Pode comer funge de bombô (farinha de mandioca) com carne ou com mfumbua (refogado de folhas silvestres)
Hobbies: Tem pouco tempo livre, devido a todas as suas actividades. Por ser membro do Reino do Congo, ser Bakongo, está sempre envolvido na resolução das questões tradicionais; Internet (email, Facebook e jogos)
Último livro que leu: Compilação de Obras Científicas e "Holden Roberto o Pai do Nacionalismo Angolano" de João Paulo Nganga
Música: Tradicional angolana; Bob Marley, James Brown, Youssou N'Dour, Manu Dibango, Louis Armstrong
Detenções: Foi detido 13 vezes pela DISA - Direcção de Informação e Segurança de Angola.
A última foi em 1985, quando ficou cinco meses preso, acusado de traição e tentativa de golpe de Estado, por ter visitado o Primeiro Conselheiro da Embaixada da República do Congo - diz que se está vivo é por milagre
Onde estava 11 de Novembro de 1975?
Entrei em Angola como Comissário Político da FNLA e fomos expulsos por esta altura, pelas FAPLA. Voltámos a exilar-nos no Zaire. Voltei a Matadi, à aldeia do Luangu.
Era um desânimo - depois de tanat luta contra o colono português fomos expulsos, mesmo depois de termos assinado os Acordos de Alvor.
Era um ambiente de derrotados, falta de esperança, pânico.
Voltámos à estaca zero depois de expulsos e víamos o futuro sombrio.