O Angola Fala Só desta Sexta-feira, 3 de Abril, recebe Belchior Lanso Tati, secretário-geral da Frente Consensual Cabindesa - FCC. Para Belchior Tati é preciso chegar a um acordo que agrade todas as partes e que deve ser respeitado tanto pelos que defendem a causa de Cabinda independente como os que defendem o contrário. Sobre a sua angolanidade, Belchior Tati diz que como cabindense é "obrigado a ser angolano".
Foi detido três vezes. A última levou-o a tribunal no caso do ataque à selecção do Togo em 2010.
Nome: Belchior Lanso Tati
Data de Nascimento: 1 de Abril 1959
Local de Nascimento: Nhobo-fobo - Cabinda
Estado civil: Vive maritalmente
Profissão: Gestor de uma empresa de panificação (em Cabinda)
Formação: Licenciado em Gestão Empresarial pela Universidade Agostinho Neto
Destino em Angola: Além de Cabinda, a Huila, onde fez a tropa
Lema de vida: Prudência
Curiosidades: Católico praticante; tem como prato preferido feijão acompanhado de peixe salgado (peixe seco)
Hobbies: Leitura; conviver om os mais velhos para não perder a tradição e os ritos dos antepassados
Está a ler: "O Novo Líder", sobre o Papa Francisco
Música: Da República Democrática do Congo e o seu favorito é Fally
Detenções: Tem três a registar. A última levou-o a julgamento, a 3 de Agosto de 2010, tendo sido condenado a seis anos de prisão, mas foi absolvido e libertado a 23 de Dezembro do mesmo ano. Belchior Tati tinha sido acusado de ser autor moral do ataque reivindicado pela FLEC contra a selecção do Togo, por altura do CAN2010, realizado em Angola. A decisão da sua absolvição foi atribuída pelo Tribunal Constitucional depois de um recurso.
Qual o seu desejo para Cabinda... "encontrar uma solução pacífica a partir do diálogo com novas negociações a serem lideradas pela sociedade civil. Se Cabinda não for independente temos que respeitar, mas o contrário também deverá acontecer. Como cabindense sou obrigado a ser angolano".
Onde estava 11 de Novembro de 1975?
"Em Cabinda. O ambiente era de guerra, havia rebentamento de bombas em quase todo o sul de Cabinda, as pessoas tiveram que abandonar a cidade para as aldeias, refugiando-se. O maior problema que surgiu é que os cabindas estavam a contar com a independência porque a FLEC estava a avançar para a cidade."