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Os enfermeiros de Luanda não põem de parte a possibilidade de lançarem um processo reivindicativo este ano que poderá resultar numa paralisação de serviços, disse Afonso Quileba, secretário-geral adjunto do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda.
Quileba falava no programa “Angola Só”, que foi marcado pela preocupação quase unânime de ouvintes e de seguidores nas redes sociais pela corrupção que existe nos serviços de saúde.
Quileba disse que o sistema de “gasosa”, que se assiste em muitos hospitais, é o resultado de péssimas condições de trabalho e falta de apoio aos profissionais de saúde.
O sindicalista fez notar que nas unidades hospitalares os profissionais de saúde não recebem refeições e em muitos casos nem sequer águas têm.
“Ninguém faz cursos de enfermagem para pedir gasosa”, garantiu o sindicalista que fez notar que nos hospitais de Angola continuam a registar-se falta de consumíveis como seringas e medicamentos.
“Há falta de água, de alimentação e de medicamentos”, denunciou Afonso Quileba para quem “não se pode falar da humanização” dos serviços de saúde "se não há medicamentos”.
O sindicalista adiantou que a sua organização aguarda por um diálogo com o Governo mas lamentou que esse processo esteja “em água morta”.
Devido a isso, o sindicato poderá iniciar um “processo reivindicativo que pode paralisar Luanda”.
O sindicalista afirmou que o processo poderá ser iniciado no prazo de 60 dias se até lá não houver diálogo.
Afonso Quilebe adiantou ainda que, que de acordo com estudos do seu sindicato, Luanda precisa de três mil técnicos de saúde, enquanto à escala global o país precisa de 700 mil profissionais de pessoal de saúde a todos os níveis.