O MPLA, partido no poder em Angola, venceu as eleições gerais com 51,07% de um total de 97,3 por cento dos votos já escrutinados, enquanto a UNITA conseguiu 44,05% dos votos.
Os resultados parciais provisórios foram divulgados pelo porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Lucas Quilundo, na noite desta quinta-feira, 25, pouco mais de 24 horas após o fecho das urnas.
Quilundo admitiu que "não deverá haver alterações substanciais" nos resultados totais.
Veja Também Estados Unidos elogiam povo angolano pelo processo democrático, mas alertam para potenciais protestosEm termos de deputados eleitos à Assembleia Nacional, o MPLA conseguiu 124, e a UNITA 90, enquanto a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), o Partido de Renovação Social (PRS) e o Partido Humanista de Angola (PHA) têm dois parlamentares cada.
A terceira força política desde 2012, CASA-CE, não conseguiu eleger qualquer deputado, bem como a APN e P-NJANGO.
A grande novidade é a entrada no Parlamento do PHA, a única força política liderada por uma mulher, a antiga jornalista Bela Malaquias, e o último partido legalizado no país, com dois deputados.
Veja Também Eleições Angola: A "guerra dos números" entre o MPLA e a UNITAA FNLA também melhorou ao conseguir eleger dois parlamentares contra um em 2017 e o PRS manteve-se os mesmos dois da anterior legislatura.
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Reacções
O porta-voz do MPLA, Rui Falcão reagiu dizendo que o partido ganha "com uma maioria absoluta suficiente para governar tranquilamente os próximos cinco anos" e reiterou que "continuamos no mesmo diapasão, com a mesma tranquilidade e olhando para o futuro de Angola”, disse em declarações aos jornalistas na sede nacional do partido, em Luanda".
A UNITA, que anteriormente disse ter indicadores que lhe garantiam a vitória, mais tarde admitiu uma ligeira vitória do MPLA, mas ainda não reagiu a estes últimos números avançados pela CNE.
O vice-presidente do PHA, Fernando Dinis, disse que os resultados indicam "que os angolanos souberam interpretar as mensagens" do partido.
Dinho Chingunji, líder do Presidente do P-NJANGO, disse aos jornalistas que "se o povo achou que desta vez este é o resultado, então temos que aceitar o resultado e começar a trabalhar, porque o que há de positivo nisso, é que permitirá ver na verdade, se nós éramos imediatistas e se queríamos apenas sair com resultados favoráveis ou tirar aproveitamento da situação, ou se estamos aqui a trabalhar para a justiça social e continuar a fazer todo aquele que for o resultado".
Nota importante para a abstenção ronda os 54 por cento dos mais de 14 milhões de eleitores inscritos.