A construção de três hospitais nas províncias de Benguela, Lunda Norte e Malanje foram suspensas devido a acusações de que as emrpesas estão a cobrar valores muito acima daqueles que estão no constratos.
Depois das declarações do Chefe de Estado, na inauguração do Hospital de Viana, em Luanda, há dois meses, o Ministério da Saúde decidiu suspender a construção de hospitais de referência, levando ao desemprego ajudantes e mestres de obra.
Como resultados mihares de trabalhadores estão no desemprego.
Fonte de uma empresa subcontratada pelos austríacos da Vamed para a construção de um hospital regional na Catumbela, província de Benguela, avançou à VOA que estão a ser revistos vários contratos, sendo certo que o custo final poderá suplantar os 50.575.970 Euros previstos.
É o mesmo valor para dois outros hospitais de referência, igualmente com financiamento do Standard Chartered Bank, nas províncias da Lunda Norte e Malanje, cujas obras também se encontram suspensas.
O representante da Vamed, empresa que ganhou as empreitadas por via de ajustes directos assinados por João Lourenço, opta por não receber a VOA.
Nem os seus colegas, em Luanda, quiseram prestar declarações.
Do Ministério da Saúde, contactado através de vários departamentos, incluindo o Gabinete de Comunicação e Imprensa, também nem uma palavra.
Na Catumbela, o jovem Gervásio refere que não vê chegar a hora do regresso ao trabalho e fala em dias difíceis, que são minimizados graças à actividade de mototáxi
“Aqui, primeiro, disseram que se esqueceram dos esgotos, a segunda coisa é que a Vamed está em conflito com a Teixeira [Duarte]. Somos muitos em casa, não sabemos quando regressamos,”, disse Gervásio
“Está muito difícil a vida , assim sem emprego … o que me ajuda é a motorizada”, vinca o jovem.
Na inauguração do novo Hospital Geral de Luanda, que acabou por custar o dobro dos 125, 5 milhões de euros no contrato, João Lourenço afirmou que o dinheiro público deve ser bem gasto, tendo adiantado que o adicional serviria para construir e equipar duas outras unidades.
Citada pelo jornal digital Correio Angolensefonte da Vamed sustenta que a sua firma vai mesmo receber o custo final da obra, lembrando que não será a praça pública o local para a resolução do problema.
Cadastrada em Angola a 4 de Setembro de 2013, na Repartição Fiscal de Luanda, a companhia tem sócios angolanos e austríacos, segundo consultas feitas pela VOA.