Angola: Congresso do PRS no Tribunal Constitucional e nova plataforma política nasce neste sábado

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Benedito Daniel, líder do PRS. (Foto de Arquivo)

Nova plataforma política formada por dois partidos que integram a CASA-CE

O Partido de Renovação Social (PRS) de Angola tem agendado pra 2 a 4 de abril o seu 5° Congresso Ordinário no meio de alguma indefinição quanto aos candidatos.

A Comissão Preparatória Nacional diz que apenas o presidente cessante Benedito Daniel será candidato no congresso, mas há dirigentes que já recorreram ao tribunal constitucional para pedir a anualação do congresso.

No início da semana, o coordenador da Comissão disse ao Novo Jornal que o presidente cessante, Benedito Daniel, será o único candidato à sua própria sucessão.

Sapalo António, candidato à presidência do PRS

Donji Vieira confirmou que Sapalo António, antigo vice-ministro da Indústria no Governo da Unidade e Reconciliação Nacional (GURN), pelo PRS, Sapalo António, e Gaspar Fernandes dos Santos, actual secretário nacional do braço juvenil do partido, não reúnem condições para concorrer à presidência do partido, por alegadamente não ter reunido alguns dos requisitos exigidos pela Comissão, entre eles ter sido despromovido do Comité Nacional e de tentativa de criação de um partido.

Em resposta, na quarta-feira, 21, Sapalo António confirmou ter dado entrada, no Tribunal Constitucional com uma providência cautelar a pedir a suspensão do Congresso.

António refuta a decisão tomada pela comisão, que considera ter sido criada à margem dos Estatutos do partido, e diz que está eivada de má-fé e vícios, porquanto as razões apresentadas que justificam a não aprovação da sua candidatura não têm fundamentos jurídico-estatutário.

Por outro lado, o panorama político angolano ganha neste sábado, 24, uma nova plataforma política, a ser lançada em Luanda pelo partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e o Movimento de Unidade Nacional (MUN).

Com esta nova plataforma, a CASA-CE perde mais dois membros, o PDP-ANA e o PNSA, que se juntam ao PPA e ao Bloco Democrático, que já tinha abandonado a coligação eleitoral.

A organização tem agora apenas com dois partidos, PALMA e PADDA-AP e desconhece-se, por agora, o destino da coligação criada por Abel Chivukuvuku que em 2023 conseguiu 8 deputados e 16 em 2017.