Sindicatos angolanos recebem luz verde do Executivo para o início de negociações sobre o caderno reivindicativo que, entre outros pontos, propõe um salário mínimo nacional de 250 mil kwanzas, cerca de 250 dólares norte-americanos, contra os atuais 32 mil kwanzas (32 dólares).
O Executivo encarregou à ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias, a missão de negociar com os sindicatos e a calendarização das reuniões, mas as centrais dizem esperar para ver.
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O caderno reivindicativo das três centrais sindicais, UNTA-CS, CG-SILA e Força Sindical, está há alguns meses na Presidência da República, que só no final de dezembro, respondeu dizendo que Dias foi indicada para dirigir esse processo.
Nos dias 25, 26, e 28 de dezembro, foram realizados encontros em separado entre o Ministério e as centrais sindicais, qnos quais foram agendadas novas reuniões.
O sindicalista da Força Sindical Miguel Alberto admite que as negociações poderão ser retomadas a partir da próxima semana, mas alerta que "caso o Governo não cumprir desta vez e se sentar com as centrais sindicais para encontrarmos um denominador
comum, seremos obrigados a decretar greve geral nacional".
Alberto assegura que "um dos nossos trunfos para o ano de 2024 é a greve geral, mas a faca e o queijo estão agora nas mãos do Executivo".
O que falta agora, acrescenta Francisco Jacinto, da CG-SILA, será apenas a calendarização destas reuniões que podem ter início a qualquer altura.
"A discussão do caderno reivindicativo é um passo importante, mas esperemos uma maior sensibilidade do Executivo nas questões a abordar", sublinha Jacinto, quem lembrou que "se nós pararmos três a quatro dias pode gerar pânico".