Rádio Ecclésia nega ter cedido ao governo

Director afirma ter abandonado luta por emissoes em onda curta porque não há uma Bispo que ordena serviço pastoral á escala nacional
O director da Rádio Ecclésia desmentiu que esta estação tivesse sido pressionada pelo MPLA a não publicar informação adversa ao governo angolano.


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Radio Eclesia nega pressão governamental



A rádio é conhecida pela sua informação independente mas têm circulado informações que os administradores desta emissora católica cederam a pressões do partido no poder.

O Padre Quintino Kandanji Director da Rádio Ecclésia negou em entrevista a Voz da América haver qualquer influência do partido no poder na linha editorial da Emissora Católica de Angola.

Para o Padre Kandanji não correspondem à verdade as informações segundo as quais a sua direcção terá sido influenciada pelo MPLA para a não publicação de matérias que chocam com o executivo.

Para o Sacerdote a emissora católica de Angola pertence única e exclusivamente a CEAST que lhe foi entregue como um instrumento de envangelização.

“A Emissora Católica de Angola é propriedade da Conferencia Episcopal de Angola e Sã-Tomé e ela foi entregue como instrumento de envangelização” frisou.

Durante vários anos a emissora lutou para poder emitir em todo o pais e tambem para emitir em ondas curtas algo que foi agora abandonado.

O director da rádio disse após reflexões profundas os bispos da CEAST, acharam conveniente não exigirem o retorno da emissão em ondas curtas, por não existir em Angola um Bispo que ordena o serviço pastoral nacional.

Por isso adoptaram na última conferência dos bispos, a declaração púbica da ex-ministra da Comunicação Social Carolina Cerqueira de atribuição de frequências moduladas às emissoras diocesanas locais.

“A Igreja Católica em Angola tem vários bispos e nós não temos bispos nacionais. Não temos Igreja Católica que depende de uma só pessoa. Se nós estabelecêssemos a onda curta isso implicaria que o bispo do lugar onde esta “onda” fosse proposta para todo país, faria a gestão pastoral para todo país. E isso em Angola não procede porque cada diocese, cada bispo tem um projecto de serviço pastoral para o serviço do seu povo de Deus” acrescentou.