O Banco Nacional de Angola confirmou que o dinheiro encontrado na posse de um oficial das Forças Armadas Angolanas, saiu de um banco comercial, sem revelar a identidade do banco.
Para falar sobre o assunto, ouvimos o jurista Luís Jimbo, o economista Fernando Heitor e o analista político Olívio Kilumbo.
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O escândalo milionário envolvendo valores em dólares e em euros voltou a abalar os angolanos, tendo como epicentro a casa de segurança da Presidência da República que integra a vasta lista de instituições do Estado que estão sob investigação de corrupção.
Veja Também Analistas dizem que limpeza na Casa de Segurança da Presidência angolana revela podridão do sistemaO envolvimento de altas patentes militares em casos de corrupção e em crimes de peculato já era de domínio público, mas nunca foram admitidos pelo Ministério Público que sempre alegou falta de provas para sustentar as várias denúncias.
A detenção na semana passada de um major responsável das finanças da banda musical da Presidência da República (major Paulo Lussaty), encontrado na posse de malas com dez milhões de dólares e quatro milhões de euros, foi a ponta do iceberg que apressou, esta semana a Procuradoria Geral da República (PGR) a divulgar um comunicado e a Presidência da República, a reboque, produzir um despacho de exoneração de seis oficiais generais.
A PGR confirmou também o envolvimento de oficiais das Forças Armadas Angolanas afectos à casa de segurança do Presidente da República, por suspeita de crimes de peculato, retenção de moeda, associação criminosa e a apreensão de valores monetários em dinheiro sonante, guardados em caixas e malas, na ordem de milhões, em dólares norte-americanos, em euros e em kwanzas, bem como residências e viaturas.
Veja Também João Lourenço faz "limpeza" na Casa de Segurança da Presidência da RepúblicaO Ministério Público informa que a prática dos factos que estiveram na base da abertura do aludido processo remonta há muitos anos, sem detalhar quantos, e prossegue a sua tramitação, encontrando-se para o efeito, em fase de instrução preparatória.
Com mais este escândalo milionário, várias vozes são consensuais em afirmar que "são nojentas as fragilidades do sistema financeiro do país, que continua exposto, sem poder detectar os vários assaltos ao erário público".