O programa televiso tem estado a conquistar a audiência mas muitos protestam contra a sua realização dizendo que não reflecte os valores angolanos.
O “reality show” conhecido por Big Brother já chegou a Angola e com ele muitas polémicas.
O programa televiso tem estado a conquistar dia após dia a audiência, mas grande parte da sociedade angolana conservadora de princípios e valores protesta a sua realização.
Nas redes sociais vários cidadãos manifestaram a necessidade se fazer um abaixo-assinado com fim único de proibir a sua realização, porém a iniciativa não teve sucesso.
Entretanto, as opiniões sobre a exibição deste programa televiso mediático divergem.
Machado Mendes, estudante de universitário pensa que a realização do BBA Angola revela uma falta de aposta séria na formação da juventude, o que no seu entender periga a construção do estado nação e atenta contra soberania do povo angolano.
“Um povo é o que representa em termos de cultura. A questão da cultura é tão preponderante quando se quer impor enquanto nação, daí que se há um atentado contra cultura naturalmente também há um atentado contra soberania deste povo.”, explicou.
O estudante finalista do Curso superior de História entende por outro lado que os valores da cultura espiritual têm sido postos em causa no Big Brother Angola.
Stones Cameron foi professor de Língua Inglesa cerca de 20 anos. Para ele, embora seja um projecto de uma entidade privada, esta iniciativa trazida para Angola devia ter a anuência de vários organismos do estado, entre os quais o Ministério das Relações Exteriores, Ministério do Comércio, do Ministério da Indústria e do Instituto nacional do Consumidor.
O pedagógo pensa que em tempo de paz o país devia promover mais a diplomacia das ciências, das artes e da cultura em vez de concursos que não acrescentam valia aos princípios que norteiam a sociedade angolana.
“Não é o caso que estamos a observar ali. A conversa que estão a manter alí é sem pés e sem cabeças, são temas banais”.
O Jurista Mbote André entende que o Reality Show em nada põe em causa a moral pública como se tem propalado. Para ele a moral enquanto dimensão humana que reflete a consciência de uma pessoa garante a cada cidadão a liberdade de exprimir o seu carácter desde que não fira padrões de vida.
As regras de jogo são claras. Só vai para o jogo quem quer e reune os requesitos necessários para participar. Se cada um consente que a sua vida privada seja exposta, faz parte do jogo. Agora, se o comportamento destes indivíduos desvia-se da norma é claro que eu que vejo não posso seguir aquele modelo se a minha consciência não me permitir aquilo, explicou.
Mbote André explica por outro lado que o BBA reflecte o modo de vida dos 15 participantes deste jogo.
O também formado em Educação Moral e Cívica reprova a tendência que se manifesta na casa mais vigiada de Angola em que por causa de um fim bom, usam-se meios moralmente desonestos.
Esta situação para Mbote André reflecte a actual sociedade que valoriza mais o ter do que o ser, daí o facto de muitos aceitarem de livre consciência pôr em causa a sua reputação moral arriscando ser o vencedor e ter direito a 1 milhão de kwanzas.
O estudante universitário Machado Mendes discorda da opinião do Jurista Mbote André. O finalista do curso de história salienta que o que se passa na casa mais vigiada de Angola não é o reflexo da realidade dos jovens angolanos.
O universitário explica que “a juventude angolana não está totalmente mergulhada no álcool, no tabagismo, na preguiça e no consumismo, ou seja, está a se apresentar no BBA o que de mais deplorável há em Angola e não os verdadeiros valores da juventude angolana”.
Para Machado Mendes o comportamento espelhado pelos jovens neste Reality Show é aberrante, pelo que apela a dignidade e a ponderação no alcance de meios financeiros e a fama.
Mbote André chama atenção por outro lado ao facto da originalidade do concurso em parte ferir a moral pública, através da exposição da vída íntima dos participantes, o que implicitamente configura pornografia gratuita.
O reality Show é caracterizado como um jogo rico em drama, animação e revelações, onde o candidato que mais a vontade estiver dentro da casa e convencer a audiência tem maior probabilidade de vencer.
Na versão africana do concurso já participaram vários concorrentes angolanos, com destaque para Ricardo “Ricco” Venâncio, vencedor em 2008, e Tatiana Durão, finalista em 2007.
A primeira edição do Big Brother Angola estriou-se a 25 de Maio, com 15 participantes, homens e mulheres. O programa televisivo termina a 27 de Julho, altura em que será conhecido o vencedor do prémio de 1 milhão de kwanzas. O programa é transmitido em dois canais televisivos em exclusivo na DStv.
O programa é produzido entre Luanda e Joanesburgo, África do Sul, onde a casa está situada. Para este projecto, estão contratados 160 profissionais de televisão entre produtores, directores e técnicos diversos, entre eles 60 de língua portuguesa, 30 angolanos e os restantes contratados localmente.
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O programa televiso tem estado a conquistar dia após dia a audiência, mas grande parte da sociedade angolana conservadora de princípios e valores protesta a sua realização.
Nas redes sociais vários cidadãos manifestaram a necessidade se fazer um abaixo-assinado com fim único de proibir a sua realização, porém a iniciativa não teve sucesso.
Entretanto, as opiniões sobre a exibição deste programa televiso mediático divergem.
Machado Mendes, estudante de universitário pensa que a realização do BBA Angola revela uma falta de aposta séria na formação da juventude, o que no seu entender periga a construção do estado nação e atenta contra soberania do povo angolano.
“Um povo é o que representa em termos de cultura. A questão da cultura é tão preponderante quando se quer impor enquanto nação, daí que se há um atentado contra cultura naturalmente também há um atentado contra soberania deste povo.”, explicou.
O estudante finalista do Curso superior de História entende por outro lado que os valores da cultura espiritual têm sido postos em causa no Big Brother Angola.
Stones Cameron foi professor de Língua Inglesa cerca de 20 anos. Para ele, embora seja um projecto de uma entidade privada, esta iniciativa trazida para Angola devia ter a anuência de vários organismos do estado, entre os quais o Ministério das Relações Exteriores, Ministério do Comércio, do Ministério da Indústria e do Instituto nacional do Consumidor.
O pedagógo pensa que em tempo de paz o país devia promover mais a diplomacia das ciências, das artes e da cultura em vez de concursos que não acrescentam valia aos princípios que norteiam a sociedade angolana.
“Não é o caso que estamos a observar ali. A conversa que estão a manter alí é sem pés e sem cabeças, são temas banais”.
O Jurista Mbote André entende que o Reality Show em nada põe em causa a moral pública como se tem propalado. Para ele a moral enquanto dimensão humana que reflete a consciência de uma pessoa garante a cada cidadão a liberdade de exprimir o seu carácter desde que não fira padrões de vida.
As regras de jogo são claras. Só vai para o jogo quem quer e reune os requesitos necessários para participar. Se cada um consente que a sua vida privada seja exposta, faz parte do jogo. Agora, se o comportamento destes indivíduos desvia-se da norma é claro que eu que vejo não posso seguir aquele modelo se a minha consciência não me permitir aquilo, explicou.
Mbote André explica por outro lado que o BBA reflecte o modo de vida dos 15 participantes deste jogo.
O também formado em Educação Moral e Cívica reprova a tendência que se manifesta na casa mais vigiada de Angola em que por causa de um fim bom, usam-se meios moralmente desonestos.
Esta situação para Mbote André reflecte a actual sociedade que valoriza mais o ter do que o ser, daí o facto de muitos aceitarem de livre consciência pôr em causa a sua reputação moral arriscando ser o vencedor e ter direito a 1 milhão de kwanzas.
O estudante universitário Machado Mendes discorda da opinião do Jurista Mbote André. O finalista do curso de história salienta que o que se passa na casa mais vigiada de Angola não é o reflexo da realidade dos jovens angolanos.
O universitário explica que “a juventude angolana não está totalmente mergulhada no álcool, no tabagismo, na preguiça e no consumismo, ou seja, está a se apresentar no BBA o que de mais deplorável há em Angola e não os verdadeiros valores da juventude angolana”.
Para Machado Mendes o comportamento espelhado pelos jovens neste Reality Show é aberrante, pelo que apela a dignidade e a ponderação no alcance de meios financeiros e a fama.
Mbote André chama atenção por outro lado ao facto da originalidade do concurso em parte ferir a moral pública, através da exposição da vída íntima dos participantes, o que implicitamente configura pornografia gratuita.
O reality Show é caracterizado como um jogo rico em drama, animação e revelações, onde o candidato que mais a vontade estiver dentro da casa e convencer a audiência tem maior probabilidade de vencer.
Na versão africana do concurso já participaram vários concorrentes angolanos, com destaque para Ricardo “Ricco” Venâncio, vencedor em 2008, e Tatiana Durão, finalista em 2007.
A primeira edição do Big Brother Angola estriou-se a 25 de Maio, com 15 participantes, homens e mulheres. O programa televisivo termina a 27 de Julho, altura em que será conhecido o vencedor do prémio de 1 milhão de kwanzas. O programa é transmitido em dois canais televisivos em exclusivo na DStv.
O programa é produzido entre Luanda e Joanesburgo, África do Sul, onde a casa está situada. Para este projecto, estão contratados 160 profissionais de televisão entre produtores, directores e técnicos diversos, entre eles 60 de língua portuguesa, 30 angolanos e os restantes contratados localmente.