Em Angola existem acima de 100 mil empresas “fantasmas”, entre as mais de 150 mil registadas no Guiché Único de Empresas (GUE), revela um estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O documento agora revelado indica que das 152.359 empresas registadas, entre 2013 e 2016, apenas 46.096 estão em actividade, o equivalente a 32% do total do tecido empresarial.
No final de 2016, as empresas “fantasmas” representavam 68% do total das inscritas.
A maioria das empresas que fecharam é do ramo do comércio a grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis, motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico, em cerca de 45 mil, seguidas das de actividades Imobiliárias, aluguer e serviços prestados, com mais de 15 mil.
Os dados do INE revelam que Luanda continua a ser a cidade com maior actividade empresarial, seguida de Benguela, sendo que, no período em referência,104.088 empresas aguardavam pelo início da actividade, 46.096 estavam em operação, 566 viram a actividade suspensa e 1.609 foram dissolvidas.
O economista João Maria Funzi Chimpolo disse à VOA que muitas das empresas em causa foram criadas por alguns gestores públicos “como forma de esbulhar o dinheiro do Estado”.
O especialista considera que muitas destas empresas têm estado a falir nos tempos porque não conseguem justificar o serviço que era suposto terem prestado às instituições do Estado.