A eleição de Cabo Verde, na pessoa do vice-ministro e ministro das Finanças para a Presidência do Conselho de Governadores do Banco de Investimentos e Desenvolvimento da CEDEAO (BIDC) é vista positivamente por analistas no país.
A votação, que foi unânime, aconteceu durante a 20a. Assembleia Geral Ordinária do Banco, que vem financiando importantes projectos públicos e privados no arquipélago.
“A eleição de qualquer representante do país para organismos internacionais e regionais tem sempre grande significado”, diz o economista e consultor internacional Agnelo Sanches, quem lembra que tal posição facilita mecanismos de contactos e a integração neste caso em concreto, na sub-região da CEDEAO.
"O BIDC já financiou importantes projectos, nomeadamente o Aeroporto da Praia, pode continuar a ser muito importante para novos financiamentos que estamos a procurar para projectos estruturantes e estando Cabo Verde na presidência os canais e oportunidades irão melhorar", acrescenta Sanches.
Por outro lado, esta eleição pode abrir caminho para ascensão a outros cargos no organismo sub-regional, por isso, Agnelo Sanches sinaliza que “o Governo está já a trabalhar no sentido de abrir o caminho e fazer as transferências devidas à CEDEAO e assim podermos ser candidatos a outros órgãos estatutários da organização".
Estar representado em qualquer estrutura mundial e regional “constitui sempre uma mais-valia”, diz por seu lado o analista político António Ludgero Correia.
“Isso significa que Cabo Verde está no mapa, sempre no cerne das questões e se quiser candidatar-se a qualquer coisa, terá aviso a tempo e é sempre bom... também o reconhecimento da existência de capacidades no arquipélago para servir a região”, acentua o antigo conselheiro presidencial.
Após a sua eleição, Olavo Correia prometeu dar especial atenção “às condições de financiamentos e a flexibilidade das mesmas de modo a aumentar o seu diferencial competitivo”.
O Banco de Investimento e Desenvolvimento é uma instituição financeira criada pelos 15 Estados-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)