Analistas guineenses optimistas e reservados quanto ao novo governo

Bissau, Palácio do Governo

O novo governo guineense é visto numa perspectiva de optimismo e reserva, por analistas, que sugerem que a sua prioridade deve ser a reabilitação da estrutura administrativa.

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Analistas guineenses optimistas e reservados quanto ao novo governo

O novo governo, anunciado esta semana, tem trinta e uma pastas, das quais 16 ministeriais e15 do nível de Secretária de Estado.

De um modo geral, o jurista e activista cívico Lesmes Monteiro elogia a presença de um número expressivo das mulheres e jovens, que considera munidos de aparente de competências.

“Na minha opinião, é o governo mais competente que temos, nos últimos anos. Uma outra constatação, que é muito importante, tem a ver com a presença dos jovens e a representatividade das mulheres, mais ou menos 36%”, diz Monteiro.

Rui Landim, analista político, que não esperava um governo de tal dimensão, diz que a prioridade deve assentar-se na “reconstrução” da administração pública.

Ele sugere que o foco seja “reconstruir rapidamente a administração, que foi destruída. Não temos Administração. É só nome”.

Rui Landim diz também que o eventual sucesso deste governo deve estar ligado ao saneamento das finanças públicas, destacando algumas figuras que podem ser determinantes: “São os casos do Ministro do Interior, Juliano Fernandes, jurista muito experiente; e Geraldo Martins, ministro da Economia e das Finanças, que deve reorganizar as finanças públicas”.

O jurista Monteiro mostra alguma reserva face a estabilidade governativa do executivo, não obstante evidenciar as competências técnicas que o rodeia.

“Tecnicamente tudo tem para dar certo, mas depende da conjuntura, sobretudo dos factores externos ao governo”, onde entra a figura principal da estabilidade politica e governativa do país, que é o Presidente.

Para este analista, o presidente é “uma pessoa que não tem facilitado a estabilidade institucional do país”.

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