Na hora de balanço dos 12 meses de governação de João Lourenço analistas angolanos têm visões diferentes sobre os resultados da cruzada contra a corrupção prometida pelo actual Presidente da República nos seus pronunciamento dentro e fora do país.
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Para o director da organização não governamental Open Society, Elias Isaac,o facto de alguns processos-crime, mais mediáticos, não terem sido levados a tribunal, até hoje, faz com que a sociedade levante dúvidas sobre se o combate à corrupção prometido pelo Presidente João Lourenço terá mesmo “pernas para andar”.
Aquele responsável cívico defende que o combate ao fenómeno passe por reformas políticas e económicas, pela reactivação da Alta Entidade Contra a Corrupção e pelo envolvimento da sociedade civil .
Por seu turno, o jornalista e investigador Rafael Marques diz que durante este ano de governação de João Lourenço há sinais que indicam que a corrupção aumentou no país quando se esperava o contrário.
Marques entende que a verdadeira batalha anti-corrupção de João Lourenço começou depois que tomou a liderança do MPLA.
O engenheiro agrónomo e membro do Observatório Político e Social (OPSA), Fernando Pacheco, considera, entretanto, que em um ano de governação o Presidente João Lourenço fez mais do que o seu antecessor em todo o seu longo consulado, em matéria de combate à corrupção no país.
O activista social diz que a sociedade não deve esperar por resultados “espectaculares e imediatos” e que o combate à corrupção em Angola tem uma componente marcadamente política que deve ser ponderada.
Pacheco afirma também que João Lourenço não deve ser visto como o único responsávelem toda a cadeia de combate ao fenómeno e que a corrupção desenvolveu-se por causa da impunidade de que gozam muitas figuras do regime.