O presidente guineense Umaro Sissoco Embaló não vai mais dissolver o Parlamento, o que para analistas deriva do facto de não ter reunido condições para materializar tal intenção.
A desistência de Embaló foi anunciada após um encontro, na quarta-feira, 23, com os líderes das bancadas parlamentares.
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“Uma coisa é ter a intenção, a outra é ter condições para tornar esta intenção em uma realidade,” diz Armando Lona, editor do semanário O Democrata.
Veja Também Umaro Sissoco Embalo aconselhado a não dissolver o parlamento guineenseLona diz ainda que “neste momento, a configuração política está como está; a aliança está como está; não vejo como é que o Sissoco teria a capacidade de derrubar o Parlamento e esperar ter condições para uma estabilidade deste país”.
O consultor jurídico Luís Peti diz que a desistência “é a única via possível que o Presidente da Republica teria que optar, porque em circunstância alguma, pelo menos, pelo ambiente político que se vive, nada justificaria a dissolução do parlamento”.
Por outro lado, Lona diz que Umaro El Mocktar Sissoco Embaló não desistiu totalmente da intenção, e “vai tentar jogar as cartas para baralhar um pouco o cenário politico e tentar tirar dividendos”.
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