Uma missão da União Africana (UA) encontra-se em Bissau, para tentar desbloquear o impasse político, com a não nomeação do novo primeiro-ministro pelo Presidente da República, José Mário Vaz, cujo mandato termina no domingo.
Na opinião do analista poliítico Rui Landim a presença da missão da UA expressa algum sinal de preocupação sobre a situação politica vigente no país:
Your browser doesn’t support HTML5
"A União Africana aparece aqui como resultado de uma situação preocupante. Foram feitas as eleições justas e transparentes, mas que se viu deteorizar-se bastante. É preocupante esta situação", sublinhou aquele antigo técnico da CEDEAO, para quem a preocupação das organizações internacionais, entre as quais, a União Africana, assenta-se no facto, de, na sua opinião, a actitude do Presidente da Republica, José Mário Vaz, representar “uma negação a democracia” na Guiné-Bissau:
"Há uma implícita negação da democracia. Há um desprezo total pela população, pelo povo e de tudo quanto são as instituições. E, naturalmente, as organizações internacionais, neste caso, a União Africana, não podem deixar que haja alguém a criar situação para por em perigo a paz e segurança em todo continente", concluiu Landim.
O especialista em diplomacia internacional, Timóteo Sabá M’Bundé, disse à VOA que no plano internacional, a Guiné-Bissau "é um país, cada vez mais, fragilizado, cujos problemas devem ser resolvidos a partir do enganjento da própria comunidade internacional".
M´Bundé destaca que "a soberania(da Guiné-Bissau), neste momento, não lhe garante resolver os seus problemas a nível local, enquanto país cada vez mais fragilizado".
A presença da União Africana acontece na semana em que termina o mandato do Presidente da República, José Mário Vaz, a 23.
Vaz tem marcado para amanhã um encontro com os actores políticos e da sociedade civil comv ista à marcação das eleições presidenciais que, para a ONU, devem acontecer este ano.