Américo Barros eleito presidente do MLSTP-PSD

Américo Barros, presidente eleito do MLSTP-PSD, São Tomé e Príncipe, 7 setembro 2024

Novo líder dos sociais-democratas aposta em fazer uma oposição responsável e em vencer todas as eleições de 2026

O economista Américo Barros, eleito neste sábado, 7, presidente do MLSTP-PSD, principal partido da oposição em São Tomé e Príncipe, aponta como principal foco da sua liderança levar o seu partido ao poder em 2026.

“Assumo este desafio com humildade, mas com sentido de responsabilidade e espírito de missão, inclusão e solidariedade”, disse Barros no seu discurso de vitória, em que sublinhou que “outro desafio não menos importante é a união do MLSTP-PSD”.

O novo líder dos sociais-democratas prometeu igualmente uma oposição “responsável e não “incendiária” ao atual Governo da ADI, chefiado por Patrice Trovoada.

“Seremos intoleráveis para com os atos inconstitucionais e de corrupção. Isto podem ter a certeza”, afirmou Barros, quem reiterou ser necessário dar novo rumo ao país, “aprofundando a justiça e o Estado de Direito democrático”.

Por isso, assumiu a aposta de ganhar as presidenciais, legislativas, autárquicas e regional em 2026.

O ex-governador do Banco de São Tomé e Príncipe foi eleito com 45,9 por cento dos votos dos congressistas.

Dos 680 votantes, 312 apostaram no antigo vice-presidente do partido.

Américo Barros sucede na liderança do MLSTP-PSD o ex-primeiro-ministro Jorge Bom Jesus, que não se recandidatou ao cargo.

No congresso deste sábado, Barros enfrentou outros três dirigentes do partido.

Gabidulo Quaresma, antigo diretor do Instituto Nacional de Estradas, ficou em segundo lugar com 31,5 por cento dos votos, o ex-embaixador em Portugal António Quintas obteve 18,7 por cento da votação e o economista Agostinho Rita, reitor do Instituto Universitário de Contabilidade, Administração e Informática (IUCAI), foi o menos votado com 3,2 por cento.

Há 22 anos que o partido da independência de São Tomé e Príncipe não vence as eleições legislativas e desde o advento da democracia, em 1990, que não elege o seu candidato às presidenciais.