América Central está a ser fustigada por furacões, depois de Eta vem o Iota

Estragos causados pelo furacão Eta em Planeta, Honduras, Nov. 6, 2020.

Eta matou mais 200 pessoas

Honduras, Guatemala e Nicarágua anunciaram evacuações na sexta-feira com o segundo grande furacão a aproximar-se da América Central, enquanto a região tenta recuperar-se da tempestade mortal Eta da semana passada.

O Eta matou mais de 200 pessoas em toda a América Central, as margens dos rios galgaram devido às fortes chuvas, provocando deslizamentos de terra que chegaram tão longe quanto ao norte em Chiapas, no México.

Inundações causadas pelo furacão Eta em La Lima, Honduras, Nov. 7, 2020.

O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) em Miami confirmou que outro grande furacão aproxima-se de Honduras, Nicarágua e Guatemala, cujas populações totalizam mais de 30 milhões.

O NHC prevê que a tempestade tropical Iota vai tornar-se um furacão de categoria 2 ou 3 à medida que se move para os mesmos países em choque, atingindo a Nicarágua e Honduras no final de domingo ou início de segunda-feira - menos de duas semanas após o impacto do Eta.

Danos do furacão Eta na Nicarágua

As autoridades das Honduras ordenaram na sexta-feira a evacuação pela polícia e pelo exército da população da área de San Pedro Sula - a segunda cidade e capital industrial do país, localizada 180 quilómetros ao norte de Tegucigalpa.

Na Nicarágua, agências de ajuda humanitária começaram a evacuar algumas comunidades indígenas do rio Coco, na fronteira com as Honduras, que podem ser afetadas por fortes chuvas e inundações devido à tempestade.

Um bombeiro carrega um bebé de uma área de deslizamento de terras, causado pelo furacão Eta, San Cristobal Verapaz, Guatemala, Nov. 7, 2020.

Enquanto isso, a agência de gestão de desastres CONRED da Guatemala convocou os residentes das áreas mais ameaçadas do país no norte e nordeste para que evacuem voluntariamente para abrigos. Também recomendou evitar cursos de água e outras áreas de risco.

O Eta atingiu a costa caribenha da Nicarágua como uma tempestade de categoria 4 e foi uma das mais fortes tempestades de novembro já registadas.

A temperatura mais quente da água do mar, causada pela mudança climática, está a tornar os furacões mais fortes por mais tempo, após a chegada ao continente, aumentando a destruição que podem causar, dizem os cientistas.