Amnistia Internacional exige investigações a ameaças contra jornalistas, religiosos e activistas em Moçambique

As denúncias terão sido feitas em Nampula e Nacala-Porto

O escritório regional da Amnistia Internacional (AI) , com base na África do Sul, denuncia e deplora alegadas ameaças de morte a jornalistas, pastores religiosos e a líderes da sociedade civil nas cidades de Nampula e de Nacala-Porto, em Moçambique, depois da derrota da Frelimo naqueles municípios nas eleições de 10 de Outubro.

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Amnistia Internacional exige investigações a ameaças contra jornalistas, religiosos e activistas em Moçambique

Em comunicado emitido em Joanesburgo, a AIdiz que oito pessoas receberam mensagens e chamadas telefónicas anónimas de ameaça de morte, sendo que uma delas está em lugar incerto temendo pela sua vida.

O comunicado acrescenta que as ameaças indicam que as “supostas vitimas devem ter cuidado e que os seus dias estão contados, pois podem desaparecer sem rasto”.

Para a organização de defesa dos direitos humanos, as alegadas ameaças “são caça-às-bruxas” contra qualquer pessoa que expressa opinião critica ao Governo e suspeita de associação com a Renamo em Nampula.

A AI apela as autoridades governamentais moçambicanas a fazerem uma profunda investigação às alegadas ameaças.

Até ao fecho da redação desta noticia não houve qualquer reacção do Governo moçambicano ou da Frelimo.

A VOA contactou o Ministério da Justiça, mas não obteve qualquer reacção e com a Frelimo, o porta-voz está com o telefone fora da rede.

Refira-se que o comunicado da AI não faz referência a espancamento e ameaças de morte a cabeças-de-lista da Renamo em Manica, centro do pais, e Mocimboa da Praia, brutalmente atacados por alegados membros do seu partido que os acusaram de ter vendido resultados das eleições a favor da Frelimo, partido no poder.

Singano Assane, cabeça-de-lista e delegado da Renamo em Mocimboa da Praia, resgatado pela Policia, falou para rádio e televisão de Moçambique, a partir da esquadra policial onde se refugiou.

O mesmo aconteceu com o seu colega do partido em Manica.

Os cabeças-de lista-da Renamo negam ter vendido resultados eleitorais para Frelimo nas eleições municipais.