Iniciou-se o processo de soltura dos reclusos que beneficiaram da Lei da Amnistia recentemente aprovada pelo Parlamento angolano.
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Nos últimos dias mais de 20 reclusos beneficiaram da amnistia na província do Uíge, enquanto que no Cuando Cubango 37 membros das Forças Armadas Angolas e 12 da Polícia Nacional foram igualmente soltos.
A lei aprovada recentemente pelo Parlamento vai colocar em liberdade mais de 8 mil cidadãos entre detidos e condenados por crimes comuns com penas não superiores a 12 anos.
O diploma não abrange os crimes de violência contra pessoas e que tenham resultado em morte, tráfico de seres humanos, violação sexual, promoção e auxílio de emigração ilegal, entre outros, e é extensiva aos crimes militares cometidos até o dia 11 de Novembro de 2015
O líder da Ordem dos Psicólogos Angolanos, Carlinhos Zassala, voltou a chamar a atenção para a falta de programas de reintegração na sociedade dos cidadãos abrangidos.
Por altura do último indulto presidencial muitos beneficiários voltaram a cometer crimes horas depois de terem sido soltos.
O especialista afirma não haver garantias de que desta vez casos do gênero não se voltem a repetir.
Carlinhos Zassala disse haver neste momento um clima de desconfiança entre familiares e reclusos.
“Os familiares vão perguntar se eles mudaram mesmo e os presos vão querer saber se serão mesmo bem recebidos”, concluiu Zassala.