Com a recente aprovação pela Assembleia Nacional de Angola da lei da amnistia, as autoridades preparam-se para colocar cerca de 10 por cento da população carcerária nas ruas.
Enquanto as superlotadas prisões podem vir a conhecer um certo alívio, com uma eventual melhoria de condições, agentes sociais preocupam-se com o processo de reintegração desses detidos.
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O presidente da Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD) diz ser necessário um trabalho aturado para a reintegração desses indivíduos.
“Nós sabemos que existem cidadãos que têm comportamento propício para actos criminosos, é importante que encontrem uma situação que não os levem ao cometimento de crime, mas a situação social é propensa para tal”, reconhece Serra Bango.
O jurista Pedro Kaparakata aponta como maior dificuldade para a integração dos cidadãos o facto das prisões em Angola serem “micro-sociedades criminosos”, e acrescenta que “Angola é uma sociedade propensa ao crime e não tem como integrar alguém que vem de uma micro-sociedade criminosa”.